Será realizada nesta quarta-feira (20/8) a audiência de instrução que decidirá o destino de Welbert de Souza Fagundes, acusado de matar o sargento Roger Dias, em janeiro do ano passado. A sessão é considerada a primeira etapa do processo no Tribunal do Júri e reunirá 10 testemunhas de defesa e 10 de acusação no Júri Sumariante, que fica no Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
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Além das testemunhas, Welbert participará da audiência por videoconferência, direto da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá, com possibilidade de ser interrogado.
Entenda o crime
Em 5 de janeiro de 2024, o policial militar Roger Dias foi morto durante uma perseguição no Bairro Novo Aarão Reis, Região Norte da capital. Na ocasião, os policiais receberam a informação de que dois suspeitos estavam pelas ruas em um Fiat Uno roubado: Welbert estava no banco de passageiro e Geovanni Faria de Carvalho, apontado como comparsa, dirigia o veículo.
Geovanni não obedeceu a ordem de parada dos militares e fugiu em alta velocidade. Durante a perseguição, ele bateu o carro em uma motocicleta e atropelou um homem, que foi socorrido e passa bem. Mesmo depois de atropelar a vítima, o motorista seguiu até bater em um poste.
Os suspeitos correram depois da batida. O sargento Dias ordenou que Welbert se rendesse. Foi nesse momento que o homem atirou. O primeiro disparo atingiu o policial, que caiu no chão. Welbert efetuou outro tiro, atingindo a perna do sargento. Mesmo ferido, Roger reagiu e disparou contra o agressor, atingindo-o em uma das pernas.
O primeiro condenado
Geovanni foi condenado a 13 anos e 7 meses de prisão por tentativa de homicídio contra três policiais militares e o homem atropelado. A sentença foi proferida pela juíza Maria Beatriz Fonseca da Costa Biasutti Silva após sessão no Tribunal do Júri na quinta-feira (14/8), no Fórum Lafayette.
Já Welbert estava em prisão preventiva na Penitenciária Francisco Sá (MG), na Região Norte, até outubro do ano passado, quando a Justiça resolveu soltá-lo. Ele foi transferido para um hospital psiquiátrico.
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A defesa do homem apresentou um laudo de avaliação psiquiátrica produzido pelo médico legista Tomas Martins de Almeida. De acordo com o documento, o acusado sofre de “transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de múltiplas drogas e outras substâncias psicoativas — transtorno psicótico", além de “esquizofrenia paranoide”.