Morreu, nessa terça-feira (19/8), o japonês Haruji Miura, que cultivava cerejeiras em Nova Lima (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, aos 97 anos. A morte foi confirmada nas redes sociais pela Miura Cerejeira.
De acordo com a publicação da empresa de paisagismo de Miura, o enterro será realizado às 13h desta quarta-feira (20/8) no Cemitério Parque da Colina, no Bairro Nova Cintra, na Região Oeste de BH.
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Miura ficou conhecido pelo cultivo das árvores no condomínio Morro do Chapéu Golfe Clube. A Miura Cerejeira lamentou a morte, mas informou que ele cumpriu sua missão.
“As cerejeiras que sempre cultivou com tanto carinho e cuidado nos ensinam mais uma vez: a vida é bela, breve e efêmera! Que possamos sempre viver intensamente! Miura San, agradecemos por tudo e por nos ensinar a cultivar um dos mais belos sentimentos: a gratidão!”, diz o post.
Nos comentários da publicação, outras pessoas lamentaram o ocorrido. “Ele sempre estará vivo em cada cerejeira que florir por esse país. Obrigada pela leveza e sabedoria”, comentou um internauta.
“Como é possível amarmos tanto, admirarmos e querer só o bem de pessoas que nunca vimos pessoalmente? Obrigada Sr. Miura, por sua gentileza, bondade e por toda a beleza que espalhou pelo nosso Brasil com a sua alma e suas lindas cerejeiras. Meus sentimentos a todos vcs”, disse outro.
Festa das Cerejeiras
Além de introduzir a árvore em Minas, Haruji também realizava a tradicional Festa das Cerejeiras no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima (MG). O evento era uma tentativa de quebrar a rotina, restaurar energias e prestigiar os participantes.
Sempre lotada, a festa continha barracas que comercializavam comidas e bebidas típicas, entre estas uma cerveja com o nome do japonês, a "Miura – Cerejeira", servida em canecões. Outras vendiam cerâmicas, louças, trajes orientais, sombrinhas e bonés fabricados no Japão. E ofereciam shodô, arte da caligrafia, caricaturas de mangá/origami, além de mudas da árvore homenageada.
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Em reportagem do Estado de Mina, Haruji Miura foi identificado como autêntico e respeitado imperador do meio ambiente. Ele conseguiu comemorar a árvore símbolo de seu país no melhor estilo nipônico: “alegre nas canções, suave nas danças das bonitas japonesinhas, ou descendentes, todas sorrindo, todas com aqueles passinhos curtinhos, bem femininos, seus olhinhos puxados, suas sombrinhas tradicionais e seus coloridos e austeros trajes típicos”.