O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, que confessou de ter feito o disparo que atingiu e matou o gari Laudemir de Souza Ferreira, foi indiciado nesta sexta-feira (29) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e pode ser condenado a uma pena de até 35 anos. A informação foi repassada em coletiva de imprensa, após a conclusão do inquérito criminal.
A polícia indiciou o empresário por três crimes. O primeiro foi homicídio duplamente qualificado por motivo fútil que impossibilitou a defesa da vitima. Renê também vai responder por ameaça contra a motorista do caminhão de lixo e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, que pertencia a sua esposa. Segundo a corporação, a pena pode chegar a 35 anos.
O empresário está preso desde o dia do crime e seguirá detido no Presídio de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
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A delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, esposa do assassino confesso também foi indiciada pelo crime. A servidora pública, que está afastada de suas funções desde a semana do crime, poderá responder por porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com a corporação o indiciamento dela foi baseado no artigo 14 da Lei 10826. A norma tipifica o crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, que envolve ter, portar, adquirir, fornecer ou ocultar, sem autorização e em desacordo com a lei, uma arma de fogo, um acessório ou munição. Também classifica como crime os verbos "ceder" e "emprestar".
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O delegado Matheus Moraes Marques ainda concluiu que Ana Paula tinha ciência que seu marido usava sua arma de fogo pessoal, além de que permitia que Renê usasse o equipamento calibre .380. A pena prevista para este crime é de reclusão de 2 a 4 anos, além de multa. Por ser servidora pública, aplica-se a ela uma causa de aumento da metade da pena, a ser analisado pelo poder Judiciário.
Quem é o suspeito?
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Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos.
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Ex-vice-presidente de empresa de alimentos; desligado após repercussão.
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Casado com a delegada Ana Paula Balbino Nogueira (PCMG).
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Se descrevia como “cristão, esposo, pai e patriota”.
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Tem outros registros policiais em São Paulo (lesão corporal grave contra uma mulher) e Rio de Janeiro (lesão corporal contra ex-companheira, ameaça contra ex-sogra e envolvimento em homicídio culposo)
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Nega ter antecedentes criminais; diz que só responde a processo por luxação no pé da ex-esposa.