Médica que sequestrou bebê em Uberlândia é desligada de universidade
Cláudia Soares Alves foi presa em 2024 pelo sequestro de um bebê recém-nascido, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia
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Siga noA médica Cláudia Soares Alves está oficialmente desligada da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ela foi presa em 2024 pelo sequestro de um bebê recém-nascido, no Hospital de Clínicas da instituição. Ela estava em estágio probatório na UFU e perdeu o cargo sem possibilidade de recurso.
A portaria com o desligamento foi publicada no Diário Oficial da União, nesta quarta-feira (3/9). De acordo com a UFU, a médica se valeu do cargo para ter proveito pessoal em detrimento da dignidade da função pública e cometeu crime contra a administração pública. Com isso, foi aplicado artigo 132 da Lei 8.112/90, cabendo a exoneração.
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O Processo Administrativo (PAD) foi instaurado em 1º de agosto de 2024, após o recebimento de denúncia contra a médica. O processo leva tempo e para isso a comissão de investigação ouviu testemunhas, recolheu e analisou documentos sobre os fatos, além de dar direito à defesa da servidora por meio de seu advogado.
Cláudia Soares Alves é neurologista, formada pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e assumiu cargo de professora da Faculdade de Medicina (Famed) da UFU em 13 de maio de 2024, passando em primeiro lugar no concurso ser professora na instituição em março do ano passado.
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O crime a prisão
Na noite de 23 de julho de 2024, Cláudia Soares se passou por pediatra do HC-UFU para sequestrar uma bebê da maternidade. Ela usou o crachá funcional para ter acesso à unidade médica e disse aos pais da bebê que levaria a criança para se alimentar. Imagens mostraram ela deixando não só o hospital, como se dirigindo para fora de Minas Gerais na mesma noite.
No dia seguinte, ela foi localizada e presa em Itumbiara (GO). As investigações apuraram que ela planejou o crime e fingiu estar grávida a pessoas próximas, inclusive como exames falsos. Ela chegou a ir à Bahia, antes do sequestro em Uberlândia, oferecendo dinheiro a famílias para uma adoção ilegal de crianças.
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Cláudia ficou presa na penitenciária feminina de Orizona (GO) até março deste ano, quando ganhou liberdade provisória enquanto seu processo por tráfico de pessoas e falsidade ideológica segue tramitando na Justiça.