MILÍCIA

MG: milícia armada que favorecia empresário da mineração é alvo de operação

Investigações levaram ao cumprimento de 33 mandados judiciais em cidades da zona da mata mineira, além de Belo Horizonte

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Trinta e três mandados judiciais contra integrantes de uma milícia armada, que favoreceu uma pessoa jurídica ligada ao ramo de mineração, estão sendo cumpridos nos municípios mineiros Teixeiras, Viçosa, Ponte Nova, Rio Casca e Pedra do Anta, na Zona da Mata, além de Belo Horizonte. Sete promotores de Justiça, quatro delegados de polícia, 70 policiais civis, e servidores do Ministério Público de Minas Gerais participam da operação.  

De acordo com a as investigações, conduzidas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPMG (Gaeco), os crimes ocorriam no município de Teixeiras. Três investigadores da Polícia Civil teriam se associado em uma espécie de milícia armada, para viabilizar a empreitada criminosa.

Os agentes públicos constituíram empresas de fachada, em nome de “laranjas”, objetivando a ocultação e a dissimulação do recebimento das aludidas vantagens. Tais “empresas” também se prestavam ao serviço clandestino de segurança privada, com ampla utilização do aparato estatal.

Os investigadores apuraram que um assessor parlamentar ficava responsável por intermediar o pagamento das vantagens indevidas aos policiais corruptos.

Dentro dessas investigações os policiais apuram a existência de uma rede de usura e lavagem de capitais estabelecida na comarca de Teixeiras, com especial destaque para a atuação de três empresários da cidade. Juntos, os três teriam movimentado mais de R$ 30 milhões em cerca de 5 anos.

São fortes os indícios de que o grupo investigado praticou delitos licitatórios e contratos fraudulentos em Teixeiras, inaugurando uma esfera de “poder paralelo” na região, com ampla utilização do aparato estatal e com o emprego usual de violência e grave ameaça contra terceiros.

Além dos policiais civis, outras oito pessoas são investigadas: um assessor parlamentar, três empresários, um contador, um ex-escrivão, um profissional autônomo e uma profissional da área ambiental.

O esquema funcionada com um assessor parlamentar, que ficava responsável por intermediar o pagamento das vantagens indevidas aos policiais corruptos.

A estimativa é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 30 milhões. O grupo investigado também teria praticado delitos licitatórios e contratos fraudulentos com o município de Teixeiras, inaugurando uma esfera de “poder paralelo” na região, com ampla utilização do aparato estatal e com o emprego usual de violência e grave ameaça contra terceiros.

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Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, três mandados de afastamento dos cargos públicos e de suspensão do porte e da posse de armas de fogo; três mandados de monitoramento eletrônico, 11 mandados de indisponibilidade de bens, dentre outras medidas cautelares.

Por enquanto foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, armas de fogo, documentos, aproximadamente R$ 106 mil em espécie, 740 folhas de cheques, dentre outros materiais de interesse às investigações.

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