FEMINICÍDIO

Mulher trans é presa por matar e queimar o corpo da companheira

Suspeita confessou que o crime foi cometido depois de uma discussão. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado e desmembrado, às margens da BR-381

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Uma mulher trans de 35 anos foi presa em flagrante pela Polícia Militar (PMMG), suspeita de matar e carbonizar a companheira, conhecida como Natasha, de 44, que também era uma mulher trans. As duas eram pessoas em situação de rua e eram vistas brigando frequentemente.

O crime ocorreu na segunda-feira (15/9), na marginal Bernardino Silva Couto, debaixo da passarela de acesso ao bairro Cidade Nova, em Igarapé (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e foi registrado por câmeras de segurança.

Na manhã de terça (16), a polícia recebeu uma denúncia de que um cadáver estava na marginal da BR-381 e, no local indicado, encontrou um corpo totalmente carbonizado e com partes desmembradas, de barriga para baixo. A perícia confirmou tratar-se de um assassinato. 

Segundo o boletim de ocorrência, os militares encontraram câmeras de segurança que registraram a suspeita e a vítima andando de mãos dadas, por volta de 18h30 de segunda-feira. Horas depois, a suspeita é vista ateando fogo na mulher e se sentando em uma barreira metálica. Assim que o fogo se espalha, ela sai em direção a um posto de gasolina. 

Conforme o documento policial, os militares entraram em contato com uma assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Igarapé. A profissional contou que presenciou uma briga no dia anterior entre a vítima e a suspeita, em meio à compra de passagens para São Paulo. 

Segundo ela, as duas brigavam, ao ponto de ser necessário chamar a Guarda Municipal para conter. Ainda segundo o relato, Natasha teria ameaçado a suspeita de morte. As brigas entre as duas eram frequentes, de acordo com o relato da assistente social.

Assassinato durante briga

Os militares realizaram rastreamento e localizaram a suspeita na praça central de Igarapé. Ela estava acompanhada de uma terceira mulher, usava as mesmas roupas registradas nas câmeras e carregava pertences de Natasha. 

Questionada, a suspeita confessou o crime. Ela contou que mantinha um relacionamento amoroso com Natasha e que, na noite de segunda-feira, as duas trocaram socos em uma briga. Um dos socos, porém, acertou a cabeça da vítima, que caiu desacordada. Neste momento, a suspeita sacou um isqueiro e jogou fogo em Natasha, fugindo assim que percebeu que as chamas tinham se espalhado.

Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia coletou vestígios que subsidiarão as investigações e liberou o corpo para o Posto Médico-Legal (PML) de Betim para exames. 

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A suspeita foi conduzida à Central Estadual do Plantão Digital, onde teve a prisão em flagrante ratificada pelo crime de feminicídio. Após os procedimentos, ela foi encaminhada ao sistema prisional, onde segue à disposição da Justiça.

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