Entre 03 de agosto e 08 de setembro de 2025, foram registrados 1.957 atendimentos por gastroenterites e doença diarreica aguda (DDA) na rede de saúde de Contagem - (crédito: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
crédito: Ramon Lisboa/EM/D.A Press
Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, registrou uma brusca elevação na quantidade de pessoas com Doença Diarreica Aguda (DDA). De acordo com dados da prefeitura, entre os últimos dias 3 e 8 de setembro, foram registrados 1.957 atendimentos por gastroenterites e DDA nas unidades de saúde do município.
Apesar da elevação nos casos, a Prefeitura de Contagem afirma que não há um surto de DDA no município. De acordo com o poder público municipal, "os registros contemplam ambos os agravos de forma agrupada, não sendo possível distingui-los separadamente no momento".
A prefeitura afirma que está realizando ações de monitoramento, entre as quais coletas em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no intuito de identificar o agente infeccioso. A gestão pública do município afirma ainda que "a Vigilância Sanitária de Contagem já encaminhou solicitação oficial à Copasa para disponibilização do plano de amostragem da qualidade da água".
O que diz a Copasa
Também procurada pela reportagem, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) afirmou que também fará análises na água distribuída ao município, mas assegurou que, até o momento, não detectou quaisquer problemas. "Neste mesmo período em que se registrava a alta nos casos, a água da Copasa se manteve potável, saudável e segura", informou a estatal.
De acordo com a Copasa, o sistema de distribuição para a capital mineira e os municípios vizinhos é integrado. Ou seja, a mesma água abastece toda a área. "Caso essa associação tivesse alguma lógica, toda a população que habita a Região Metropolitana de Belo Horizonte - mais de 5 milhões de pessoas -, e que consome a água tratada da Copasa estaria doente", destaca a companhia.
A Copasa informou ainda que se dispõe a enviar informações e resultados de testagens realizadas pelos laboratórios da empresa à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), ao Ministério Público de Minas Gerais, às prefeituras e à Vigilância Sanitária. "Um laboratório terceiro também foi contratado para reforçar as análises", informou a concessionária.