Dois homens suspeitos de matar a empresária Ingrid Emanuele Santos, de 37 anos, foram presos na madrugada desta sexta-feira (12/9), em Itumbiara, em Goiás, durante uma operação integrada da Polícia Militar de Goiás. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (10/9), na casa da vítima, no Bairro Parque Olímpico, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce (MG).
Segundo o tenente-coronel Welington Campos, do 6º BPM, desde o dia do crime todas as equipes atuaram de forma integrada, reunindo informações sobre a fuga dos suspeitos, os meios de transporte utilizados e os itens roubados da vítima. A Polícia Militar de Goiás participou da operação e ajudou a interceptar o ônibus onde os suspeitos estavam. Com eles foram encontrados uma arma de fogo, joias da vítima e documentos de uma motocicleta.
De acordo com o delegado Márcio Bento Costa, a prisão em flagrante foi efetuada pela PM goiana e os suspeitos estão sendo levados à Delegacia Regional de Araguari, no Triângulo Mineiro, para autuação. “A motivação e as circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas e permanecem em sigilo”, afirmou o delegado.
Costa afirma ainda que, até o momento, não há dúvidas sobre a autoria do crime e um dos suspeitos já teria confessado informalmente. A Polícia Civil agora busca identificar a motivação do crime e verificar se houve eventual mandante.
Inicialmente, os elementos indicam a prática de três crimes distintos: feminicídio, furto qualificado e adulteração de veículo. O feminicídio, cometido de forma cruel, com a vítima amarrada e degolada, pode ter pena de 20 a 40 anos, acrescida de um terço, chegando a 53 anos.
O furto qualificado, pelo recolhimento de parte de joias da vítima, pode gerar pena de 2 a 8 anos. A adulteração da motocicleta utilizada no crime pode resultar em pena de 3 a 6 anos. Somando todas as penas, de forma abstrata, a condenação dos suspeitos poderia chegar a 67 anos, a ser julgada pelo Tribunal do Júri.
O corpo de Ingrid foi encontrado pelo sobrinho, após a irmã perceber que a empresária não havia ido buscar a filha na escola e não atender às suas ligações. Ao chegar à casa, o jovem viu a tia caída, com as mãos amarradas e em meio a uma poça de sangue. O pai do menino foi chamado e ambos acionaram a Polícia Militar.
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A perícia apontou que Ingrid estava deitada de barriga para baixo, com as mãos amarradas por fitas de nylon e apresentava dois cortes profundos no pescoço. O celular da vítima e um cordão de ouro com o nome da filha, que ela usava diariamente, não foram encontrados na residência.
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Segundo a polícia, os suspeitos se passaram por entregadores para entrar na casa. Os nomes deles não foram divulgados. O caso segue sob investigação.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice