Metanol: PF fiscaliza fábricas de Minas, SP e SC
A corporação divulgou que operações ocorreram em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não especificou quais indústrias foram alvos
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(UOL/FOLHAPRESS) - Diante do aumento de casos de intoxicação por metanol investigados no país na última semana, a Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (3/10) uma nova etapa de fiscalizações em indústrias de bebidas em cidades de Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.
Ações da PF ocorreram em fábricas da região de Poços de Caldas (MG), Campinas (SP), Chapecó (SC) e Joinville (SC). A corporação divulgou por meio de nota que operações ocorreram em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária, mas não especificou quais indústrias foram alvos.
Amostras de bebidas produzidas e armazenadas foram coletadas para análise químico-sanitária. Segundo a PF, as verificações buscam "identificar a conformidade dos insumos utilizados, a eventual presença de substâncias proibidas ou em concentrações acima dos limites legais, além de avaliar a rastreabilidade dos lotes e a responsabilidade pela fabricação ou manipulação".
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PF não informou se havia indícios de falsificação de bebidas com metanal nas produções. Na mesma nota, o órgão informou apenas que, com as ações desta sexta-feira, as autoridades "reforçam o compromisso de proteger o consumidor, prevenir riscos à saúde e assegurar que a produção de bebidas no país esteja em conformidade com as normas legais e sanitárias".
Casos de intoxicação por metanol
Número de casos confirmados de contaminação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas no país subiu para 11. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (2/10) pelo Ministério da Saúde. Outros 59 registros estão em investigação.
Até aqui, uma morte foi confirmada e outras sete são investigadas no país. O óbito confirmado aconteceu na cidade de São Paulo. O estado tem mais cinco mortes sob investigação (três na capital e duas em São Bernardo do Campo); as outras duas são investigadas em Pernambuco, em Lajedo e João Alfredo.
Único caso suspeito no DF é o do cantor Hungria, em Brasília. O músico foi internado na tarde dessa quinta-feira (2/10) no hospital DFStar da capital federal.
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Balanço oficial do governo de São Paulo, porém, tem dois casos suspeitos a menos do que o do Ministério da Saúde. Até a manhã desta sexta-feira, o número oficial divulgado pelo governo de SP era de 27 casos em investigação. A expectativa é de que um novo balanço estadual seja divulgado na tarde desta sexta-feira.
Quatro casos de intoxicação foram descartados até o momento, segundo o governo federal. Uma nota técnica foi enviada a todos os estados orientando que qualquer caso suspeito seja comunicado imediatamente às autoridades nacionais.
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Número de intoxicações por metanol suspeitas nos últimos meses é mais que o dobro da média anual do Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 20 casos por ano de intoxicações do tipo.
"A gente está vivendo uma situação anormal", disse Padilha, à imprensa. "Tem criminosos que romperam esses processos [de segurança e fiscalização] que são feitos regularmente."