Repóter de Polícia e Esportes. Participei da cobertura e sete edições dos Jogos Olímpicos, Cobertura Copa do Mundo. Ganhador de dois Prêmios "Esso", em 1985 e 1987. Ganhador Prêmio Nacional Petrobras, com a série de matérias "Hilda Furacão"
Dragas e Balsas foram destruídas pelos policiais militares que atearam fogo em todas crédito: CBMMG
Encontrar os garimpeiros ilegais que exploravam ouro no Rio das Velhas em Minas Gerais, entre Nova Lima e Rio Acima, e estão foragidos, é o objetivo da Polícia Militar que montou uma operação especial, envolvendo a PM de Meio Ambiente, Ibama e as companhias das duas cidades.
Na última sexta-feira, foi realizada a terceira fase da Operação Dragon Face, que identificou diversos pontos de garimpo ilegal às margens e no leito do Rio das Velhas.
Foram encontradas 10 balsas e dragas em operação, equipadas com bombas de sucção e motores a diesel, utilizadas para extração irregular de ouro. As atividades consistiam na retirada de sedimentos do leito do rio, por meio de mergulhadores e sistemas de sucção, para separação manual do ouro.
O material residual, incluindo rejeitos sólidos e efluentes sem tratamento, era devolvido diretamente ao rio, aumentando a turbidez e provocando poluição hídrica.
Os garimpeiros, ao perceberem a aproximação da PM, abandonaram as balsas e fugiram para a mata e não foram encontrados.
O garimpo nessa área é considerado crime ambiental, previsto nos artigos 55 e 60 da lei 9.605/98, além de incorrerem em crime de usurpação de bem mineral pertencente à união, previsto no artigo 2º da lei federal 8.176/91.
As balsas foram destruídas pela equipe policial e IBAMA. Os garimpeiros responderão, também, pelo crime de poluição ambiental.
A primeira fase da Operação Drakon Face aconteceu em abril deste ano e a segunda em setembro - quando oito pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por envolvimento na extração irregular de ouro no leito do Rio das Velhas em Rio Acima.
Confira as dez principais minas de ouro espalhadas pelo mundo. Alfindra Primaldhi/Wikimédia Commons
A Nevada Gold fica localizada no estado norte-americano de mesmo nome e é operada pela empresa canadense Barrick Gold Corporation. Divulgação
Foi formada em 1º de julho de 2019, e os ativos incluem 10 minas subterrâneas e 12 de superfície, bem como instalações relacionadas. Tem produção de ouro de 94 toneladas. GeomartinWikimédia Commons
Descoberta em 1958, no deserto de Kyzyl Kum, no Uzbequistão, a mina de Muruntau começou a operar em 1967. Atualmente, é a maior a céu aberto na área, com 579 metros de profundidade, e a quinta mais profunda do mundo. Tem produção de ouro de 85 toneladas. Flickr _bellamar_
Grasberg é a terceira maior mina de cobre do mundo, porém também trabalha com ouro. Está localizada na província Indonésia de Papua, na parte ocidental da Nova Guiné, a poucos quilômetros a oeste de Puncak Jaya, o pico mais alto da Oceania. Reprodução do X @halimi1989
A mina de Grasberg está, portanto, a quase quatro mil metros acima do nível do mar. Tem produção de ouro de 41 toneladas e é operada pela mineradora americana Freeport-McMoRan.
Randi Ang/Wikimédia Commons
Olimpíada é uma mina de ouro russa, operada pela empresa Polyus Mining, do mesmo país. O minério extraído no local é processado em três moinhos, com uma capacidade combinada de mais de 14 milhões de toneladas de minério por ano. Reprodução do X @siberian_times
A Polyus usa BIONORD, a tecnologia de bio-oxidação proprietária da empresa, para tratar os minérios de sulfeto da Olimpíada. A mina russa tem produção de ouro de 34 toneladas. Reprodução do X @siberian_times
A Mina de Pueblo Viejo está na República Dominicana e é operada pela Barrick em parceria com a Newmont Corporation, mineradora dos Estados Unidos. Tem produção de ouro de 23 toneladas. Divulgação
Pueblo Viejo emprega aproximadamente 2.350 funcionários e 2.500 contratados. As atividades econômicas da mina representam 2% do produto interno bruto da República Dominicana e Pueblo Viejo é o maior contribuinte corporativo do país. Divulgação
A mina Kibali fica na República Democrática do Congo e é operada pela Barrick. As instalações incluem uma planta de sulfeto e óxido, que pode processar 7,2 milhões de toneladas de minério por ano. Além de três usinas hidrelétricas de 44 MW e um gerador de energia térmica de reserva de 32 MW. = Reprodução do Facebook Kibali Gold Mine
Ela fica a céu aberto e subterrânea, combinada na província de Haut-Uélé, no nordeste da República Democrática do Congo. Por área, é uma das maiores da África e recebeu o nome do vizinho Rio Kibali. Tem produção de ouro de 23 toneladas. Reprodução do Facebook Kibali Gold Mine
Cadia é uma mina de ouro australiana, operada pela companhia do mesmo país, Newcrest Mining. Tem produção de ouro de 23 toneladas. Divulgação
Ela ajustou suas operações para reduzir significativamente a produção de poeira, de acordo com a Autoridade Estadual de Proteção Ambiental (EPA). - Divulgação
A mina de Lihir está localizada na Papua Nova Guiné. É operada pela australiana Newcrest Mining e tem a produção de ouro em 20 toneladas. Flickr Chronox73
A mina fica na área de maior atividade geotérmica e para poder permitir sua operação foram feitas grandes aberturas para o solo para liberar a pressão subterrânea. - Youtube Canal Kilaut Piksa
Canadian Malartic é uma mina canadense que começou a operar em 2014 e é operada pela empresa de mesmo nome, também do Canadá. A produção de ouro é de 20 toneladas. Divulgação
O depósito mineral foi descoberto em 1923, e a Osisko Mining iniciou as operações de mineração comercial em 2011. A mina passou a ser propriedade igual da Agnico-Eagle Mines e da Yamana Gold em junho de 2014. Divulgação
Boddington é a maior mina de ouro australiana, sendo operada pela empresa Newmont Corporation. Tem a produção de ouro de 20 toneladas. Diante das estimativas sobre o estoque do metal precioso, se espera que a instituição mantenha a extração por mais 15 anos. Flickr Rob Coates
A tokenização reduz barreiras de entrada, como altos custos e requisitos significativos de compra inicial, permitindo que os investidores adquiram quantidades menores e gerenciáveis de ouro. Imagem de Steve Bidmead por Pixabay
Mesmo sendo uma ótima reserva de valor e com valorização consistente a longo prazo, o ouro está sujeito a variações expressivas diante de crises econômicas. Comprar no meio de uma crise pode ser um mau negócio quando ela passar. James St. John/Wikimedia Commons
Segundo o órgão, eles são acusados dos crimes de exploração de recursos minerais sem autorização, usurpação de matéria-prima da União e associação criminosa. A denúncia foi feita à Justiça Federal.
Na primeira fase da operação, foram apreendidas 10,135 gramas de ouro, avaliadas em R$ 5.986,94.
Os oitos denunciados não foram identificados pelo Ministério Público Federal. O órgão informou que sete deles “foram acusados de atuarem em conjunto, de forma associada, com o objetivo específico de cometer crimes de garimpo ilegal em área de preservação ambiental”.
O oitavo envolvido, de nacionalidade estrangeira não especificada, foi denunciado por exploração mineral independente na mesma região.
Um dos denunciados foi identificado como o líder e organizador do esquema. Ele exercia o papel de “coordenar as atividades, fornecer alojamentos para os garimpeiros, providenciar o transporte até as balsas, financiar o combustível utilizado e realizar a divisão dos lucros e pagamentos”. Um outro acusado atuava como auxiliar logístico e até “olheiro”.
Ilegalidade
Segundo o MPF, a exploração do ouro era realizada sem a devida licença ambiental concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e sem o título minerário da Agência Nacional de Mineração (ANM), o que configura crime ambiental e usurpação — apropriação indevida de matéria-prima pertencente à União.