Galpão com alimentos e bebidas vencidos é interditado em BH
Fechamento ocorreu durante o cumprimento da Operação Baco, que combate a produção, o armazenamento e a comercialização clandestina de bebidas alcoólicas
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Um galpão contendo toneladas de alimentos e bebidas vencidas foi interditado pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), nesta sexta-feira (17/10). A ação foi feita durante o cumprimento da Operação Baco, realizada esta semana na capital mineira, para combater a produção, armazenamento e comercialização clandestina de bebidas alcoólicas. Uma idosa era responsável pelo local e foi encaminhada a uma delegacia para prestar depoimento.
O major Thiago Salgado, chefe da Agência Regional de Comunicação da Capital, informou, em coletiva de imprensa nesta sexta, que mais de 20 estabelecimentos foram fiscalizados na cidade. "A Polícia Militar realizou as operações em conjunto com a Receita Federal, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e a Vigilância Sanitária", afirmou.
As operações foram feitas em adegas, distribuidoras e bares também nas regiões Central e Noroeste, onde foram encontrados principalmente cerca de 400 maços de cigarro, mais de mil litros de cachaça inutilizada, latas de cerveja, alimentos vencidos e garrafas de gin, vodka e whisky vazias.
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“Na maioria das vezes, a garrafa é original, ou seja, há grande possibilidade de elas serem reutilizadas de forma fraudulenta. A orientação que deixamos é: se puder quebrar, quebre”, orientou o fiscal agropecuário do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Wagner Dibai. Em caso de complicações para destruir o vidro, a opção é inutilizar o rótulo. “Pega uma caneta, rabisca o rótulo, rasga o rótulo, tira a tampa e leve-a embora. Só essa atitude já descaracteriza aquela garrafa de um produto original”, descreveu.
Segundo Dibai, isso faz com que a pessoa produza um novo rótulo, sendo mais fácil identificar a fraude. “Durante os trabalhos, encontramos solvente, algodão com marca de tinta de caneta, ou seja, estão usando para poder apagar a validade vencida das bebidas”, pontuou.
Principais indícios
O fiscal agropecuário explicou que os principais indícios analisados são a tampa, o selo da receita e o número de registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ele disse que a tampa normalmente possui um lacre, e que, uma vez rompido aquele lacre, não há como voltar ao normal. Já o selo tem uma qualidade maior. Ele também afirma que a principal identificação para todos os produtos é o registro do Mapa.
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“Um produto que não tem esse registro é produzido de forma clandestina, não há monitoramento de como é produzido. O que garante a qualidade e segurança do produto é a inspeção. Uma vez que esse estabelecimento é fiscalizado, recebe o carimbo do Mapa. Precisa atender a todas as normas sanitárias. Se o produto não possui esse número, ele é considerado um produto clandestino, e não pode ser armazenado, consumido nem comercializado de forma alguma. Tem que ser destruído”, disse Wagner.