Ah, Lagoa Santa! Essa joia mineira da Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde as águas da Lagoa Central são tão "santas" que curam até a alma cansada de quem enfrenta o trânsito da MG-010. Mas nesse sábado nublado (18/10), e ligeiramente preguiçoso, como convém a um bom mineiro, o verdadeiro astro da cidade não foi nenhum turista em busca de selfie com capivara. Não, senhor! Foi Alfredo, o jacaré-de-papo-amarelo oficial, mascote oficial (e preguiçoso assumido) da terrinha, que resolveu transformar a orla da lagoa num colchão de grama gigante. "Descanso merecido", diriam os fãs. "Ameaça turística", brincariam os haters.
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Imagine a cena: nuvens densas no horizonte, temperatura em 32 graus, e de repente... ploft! Alfredo, esse senhor de escamas com pelo menos cinco anos de fama local, emerge das águas turvas da Lagoa Central como um submarino desgovernado – só que em vez de torpedos, ele carrega zero ambições além de uma boa cochilada. Aos 2 metros de comprimento (e uns 80 quilos de puro "deixa eu em paz"), o jacaré se esparramou na beira do espelho d’água, papo amarelo estufado como almofada, olhos semicerrados e boca entreaberta num bocejo que gritava: "fim de semana é pra isso mesmo!".
Moradores, que já conhecem as andanças do bicho desde 2019 (quando ele começou a cruzar avenidas como se fosse pedestre VIP), pararam tudo. "Olha o Alfredo aí, mais relax que eu no feriado!", gritou um morador, que foi correndo filmar a cena. Turistas de BH, atraídos pela fama das águas milagrosas, trocaram o piquenique por um "safári urbano": famílias inteiras com celulares em riste, crianças apontando e idosos filosofando sobre "a vida selvagem que ensina humildade". Um casal de visitantes de Brasília até tentou um piquenique improvisado na praça ao lado – "Ele parece um cachorro grande, só que com dentes extras", riu a moça, enquanto o marido calculava: "Se ele roncar, a gente corre ou finge que é estátua?".
Não houve pânico, gente! Diferente de episódios passados, como aquele resgate em agosto quando Alfredo levou arpões de pesca (e virou herói de campanha ecológica), dessa vez o bicho estava impecável. Zero ataques, zero drama – só puro zen reptiliano.
Curiosos animados
Jacaré Alfredo descansa tranquilamente na orla da Lagoa Santa, bem em frente a Casa da Orla
O que começou como um boato no grupo de WhatsApp virou evento espontâneo. Uns 30 curiosos se reuniram na orla – moradores fiéis misturados a visitantes que ouviram o burburinho nas redes. "Eu vim de Confins só pra ver o rei da preguiça!", contou um jogem com o celular na mão: "Alfredo relaxando mais que eu pós-academia". As crianças? Delírio total. Uma menininha de 7 anos, doida para chegar mais perto, para desespero dos pais, declarou: "Ele tá sonhando com peixinhos voadores! Vou desenhar pro meu diário".
Já os avós, sentados em bancos próximos, trocaram histórias: "No meu tempo, jacaré era só na história da carochinha. Hoje é influencer!". Um ecologista barbudo alertou pros novatos: "Bonitinho, né? Mas lembrem: ele é selvagem. Não é o Chapolin Colorado pra salvar todo mundo". No fim, ninguém se aproximou demais – lição aprendida dos "passeios" famosos de Alfredo, como aquele cruzamento de rua em 2022 que virou hit no TikTok.
Em Lagoa Santa, até o jacaré merece férias
Essa soneca de sábado reforça o que todo lagoa-santense sabe: Alfredo não é só um jacaré; é o símbolo da tranquilidade mineira misturada com um toque de aventura. Enquanto o mundo corre atrás de likes e deadlines, ele nos lembra: às vezes, o melhor é só... descansar. Na próxima, quem sabe ele não organiza um "yoga com jacaré"? Por enquanto, a Lagoa Central volta ao normal – mas com mais histórias pra contar no boteco. E você, leitor? Já viu um mascote mais cool que esse?