FUTURO DA PAMPULHA

Pampulha: retorno ao passado? O que representa volta da navegação na lagoa

Passeio náutico, que entra em testes no aniversário de BH, traz esperança da volta de um tempo em que a lagoa era limpa e usada pela população para esportes

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O próximo dia 12 de dezembro, quando Belo Horizonte vai completar 128 anos de sua inauguração, promete ser um marco na história da capital mineira – possivelmente um divisor de águas. Nessa data serão iniciados na Lagoa da Pampulha os testes para passeios turísticos a bordo de catamarã, indicando que o reservatório é considerado apto à navegabilidade e abrindo caminho para um novo tempo.

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Cartão-postal da cidade e duplamente reconhecida pela Unesco (agência das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como Patrimônio Mundial e Paisagem Cultural, a Pampulha tem história de arte e beleza refletidas no espelho d´água. Com mergulhos, obviamente, em incertezas provocados pela poluição e por outros revezes resultantes do adensamento populacional e da falta de políticas públicas eficazes para conter, entre outros fatores nocivos, o lançamento de esgoto. Desta vez, tudo indica que é hora de içar as velas e desfrutar do patrimônio que faz parte do cenário da cidade desde a década de 1930.


Ao longo dessas nove décadas, o reservatório tem história de altos e baixos. Grandes competições náuticas foram realizadas na Lagoa da Pampulha, atraindo atletas de todo o país. Passeios de domingo, em lanchas, movimentaram a região que, nos anos 1940, recebeu o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer (1907-2012), que a tornou inconfundível.


Personalidade atuante na cultura mineira, Priscila Freire, de 92 anos, se lembra da efervescência na lagoa. “Tínhamos muitos amigos que praticavam esportes, a exemplo do remo. Se não tinha carro disponível, pegávamos carona ou ônibus para chegar ao Iate (Tênis Clueb)”, conta Priscila, moradora da região há quatro décadas. “Aqui, antes, só tinha chácaras. A que moramos foi comprada pelo meu pai em 1935”.

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Tudo ia muito bem até que, em 1954, houve o rompimento da barragem, uma tragédia que estremeceu BH. Com a reconstrução, a Pampulha renasceu, para, na sequência, sofrer com os aguapés e maior carga de contaminação. Para os admiradores desse patrimônio, o momento é de torcer para que o catamarã abra um caminho de recuperação sobre as águas e não seja apenas uma onda, de forma a garantir a perenidade de um dos maiores orgulhos dos belo-horizontinos.

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