Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, 24 possíveis casos de sarampo estão em investigação pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em conjunto com a Secretaria de Saúde da cidade. As duas primeiras notificações que estavam sendo investigadas no município foram recebidas em 13 de outubro e tiveram resultado negativo para a doença, de acordo com a SES-MG. Entre os dias 27 de outubro e 11 de novembro de 2025, a SES-MG recebeu 24 novos registros de casos a serem investigados no município do Triângulo. 

A SES-MG informa que os envolvidos nas últimas notificações se encontram clinicamente bem e em monitoramento. Explica ainda que exames preliminares em seis possíveis casos tiveram resultados não sugestivos para sarampo. No entanto, a secretaria ressalta que as amostras ainda vão passar por outras análises para descarte definitivo, conforme preconizado em protocolo. 

Nos nove primeiros casos notificados, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou que todos envolviam crianças. Nos demais, a pasta não especificou as idades. 

“Até o momento, não há confirmação laboratorial de circulação do vírus do sarampo em Uberlândia”, garante a SES-MG. De acordo com o órgão estadual, o sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por meio da tosse, espirro, fala ou respiração. Os principais sintomas incluem febre, manchas vermelhas na pele que se iniciam na cabeça e se espalham pelo corpo, tosse seca, coriza e conjuntivite.

Estado de Minas pediu um posicionamento da Prefeitura de Uberlândia sobre os casos em investigação e aguarda retorno.

Primeiros casos

Os dois primeiros possíveis casos de sarampo em Uberlândia referem-se a crianças de 1 ano de idade. A SES-MG informou que elas apresentaram febre, manchas vermelhas (exantema) e sintomas respiratórios leves, sem registro vacinal para a tríplice viral. Com relação às demais investigações, não informou sobre sintomas e histórico de vacinas.  

Os exames iniciais não permitiram descartar ou confirmar que as duas crianças estavam com sarampo. No dia 30 de outubro, novas coletas foram realizadas e encaminhadas para Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Rio de Janeiro. Nessa segunda-feira (10/11), resultados dos exames da Fiocruz descartaram a infecção pelo vírus do sarampo, de acordo com a SES-MG. 

“As crianças encontram-se em bom estado geral, em recuperação domiciliar, sob acompanhamento da equipe de Atenção Primária e da Vigilância Epidemiológica Municipal”, informou a pasta estadual. 

Reforços

A partir das duas primeiras suspeitas, a SES-MG afirma que reforçou às unidades e aos profissionais de saúde de Uberlândia a importância da notificação e investigação quando o paciente apresenta sintomas compatíveis com a doença.

A SES-MG enviou a Força Estadual do SUS a Uberlândia nos dias 4 e 5 de novembro para apoiar os municípios da regional na investigação dos casos suspeitos de sarampo. “A iniciativa tem como objetivo fortalecer a preparação e a vigilância epidemiológica, intensificar as medidas de prevenção e contenção da doença, além de ampliar as estratégias de vacinação”, afirmou a pasta à época. 

Vacinação

A SES-MG enfatiza que a prevenção ao sarampo depende principalmente da vacinação, que se caracteriza como “segura, eficaz e oferecida gratuitamente pelo SUS”. A vacina tríplice viral deve ser administrada conforme o calendário vacinal, com doses específicas para crianças, adolescentes e adultos. 

Isolamento

Em casos suspeitos, a SES-MG afirma que é essencial manter o isolamento, adotar medidas de higiene respiratória, como cobrir a boca ao tossir e higienizar as mãos, e garantir a notificação imediata de casos à Vigilância Epidemiológica. 

Sobre os casos de Uberlândia, a pasta estadual de saúde diz que, desde as notificações iniciais, todas as medidas de saúde pública recomendadas foram desencadeadas, dentre elas:

• Investigação epidemiológica e coleta de amostras para diagnóstico laboratorial;

• Monitoramento e acompanhamento dos contatos próximos;

• Bloqueio vacinal seletivo nas áreas envolvidas;

• Busca ativa de novos casos e intensificação da vacinação no município;

• Orientação às unidades de saúde para notificação imediata e verificação do esquema vacinal.

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