“Tinha poucos seguranças e eles não conseguiram conter nenhuma briga que teve, também faltou organização. As pessoas que estavam lá poderiam ter respeitado, mas virou uma cena de guerra, Jogos Vorazes. O aulão durou só quatro minutos”, relatou o estudante identificado como Diogo Alves, que presenciou a briga generalizada no Mineirão nesta quarta-feira (19/11) e a comparou com o filme.
O Gigante da Pampulha seria palco da maior aula presencial de inteligência artificial do mundo, reunindo quase 30 mil estudantes. Mas, pouco depois do início do evento, uma confusão entre os alunos começou.
Segundo relatos de alunos, o desentendimento entre os jovens começou após os apresentadores do evento citarem times de futebol mineiros, como o Atlético e o Cruzeiro. Estavam no Mineirão alunos e professores do ensino médio de escolas de 11 municípios mineiros: Belo Horizonte, Santa Luzia, Ribeirão das Neves, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Betim, Contagem, Sabará, Nova Lima, Caeté e São José da Lapa.
“Parece que não teve uma preparação para o evento, ficou todo mundo amontoado”, disse Diogo. “Gostaria de saber como eles acharam que não ia dar nenhum tipo de briga, principalmente com os apresentadores ‘puxando’ o assunto entre Cruzeiro e Atlético”, completou.
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A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que o evento contava com uma equipe de 170 seguranças - o ideal é um contingente de 100 a 120 seguranças, segundo a pasta - e também a presença de policiais militares no lado de fora do Mineirão.
A falta de segurança e organização também foi notada por Henrique Parreira, também estudante. “Um evento desse tamanho não teve uma revista, um detector de metal. As professoras pediram para a gente não levar mochila porque achou que ia ter revista”, contou. “Também achei errado não terem separado as escolas, ficou todo mundo misturado”, finalizou.
O evento realizado pela Secretaria de Educação, em parceria com a Google, tinha como objetivo combinar conceitos com demonstrações práticas de sistemas como o Gemini, NotebookLM, Nano Banana e Canva.
A expectativa do Executivo estadual era bater o recorde mundial de maior aula presencial de inteligência artificial reconhecido pelo Guinness Book. Até o momento, o recorde pertence a Portugal, com 1,4 mil participantes.
