BH: hipóteses indicam que incêndio em prédio na Raja começou no subsolo
Prédio da empresa de segurança eletrônica Emive foi consumido pelas chamas e precisou ser interditado. O laudo com a causa deve ser concluído no próximo mês
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O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil fizeram uma perícia para definir as causas de um incêndio em um prédio na Avenida Raja Gabaglia, na altura do Bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde de sábado (20/12). Uma hipótese trabalhada é de que o fogo tenha começado internamente, em uma área do subsolo. As equipes também analisaram rotas de fuga utilizadas pelos 12 funcionários da empresa de segurança eletrônica Emive.
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Os laudos são independentes e cada um analisa um aspecto do incêndio. Enquanto a parte dos bombeiros analisa aspectos de segurança da edificação, como quais medidas de incêndio e pânico funcionaram no prédio, a análise policial define causas e o ponto exato onde começou o fogo. As análises são compartilhadas entre as equipes, mas não serão divulgadas até a conclusão oficial.
A Defesa Civil também esteve no local e a equipe interditou o prédio após colapso do 5° pavimento. O prédio segue com temperaturas elevadas, o que dificultou o trabalho das autoridades.
Em nota, a Polícia Civil se limitou a informar que equipes da perícia oficial estiveram no local do incêndio e coletaram vestígios e informações que subsidiarão as investigações. A conclusão dos laudos é aguardada para a elucidação do caso.
Em conversa com o Estado de Minas, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Henrique Barcellos, contou que a perícia da corporação serviu para definir se o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do prédio, que estava em dia, possibilitou aos ocupantes do prédio uma fuga segura, com sinalizações adequadas.
O oficial relatou que, no momento do incêndio, 12 pessoas que estavam no local precisaram sair por uma escada montada na lateral do prédio, de modo que não passaram pelo hall de entrada, que tinha uma grande concentração de chamas.
Quando a viatura dos bombeiros chegou, quatro pessoas receberam apoio para saírem em segurança. Do grupo, duas delas inalaram fumaça e receberam os primeiros socorros por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que as liberou. Não foi necessário nenhum tratamento avançado por lesão.
Hipóteses levantadas
De acordo com o tenente Barcellos, ainda não há uma conclusão exata sobre as causas do incêndio, mas é trabalhada uma hipótese de que o fogo tenha começado no 1º ou 2º pavimento de subsolo, onde tem um almoxarifado com produtos de limpeza. O 3º pavimento, abaixo, não teve resquícios do incêndio, e os superiores foram atingidos pelo superaquecimento.
Uma hipótese de que o fogo começou com uma moto que estava estacionada do lado de fora do prédio foi descartada, o que é considerado um grande avanço pelo Corpo de Bombeiros. A definição será descrita em documento divulgado com a finalização do inquérito policial. Já as análises de segurança deverão ser definidas até o fim da primeira quinzena de janeiro.
No momento do combate ao incêndio, foi delimitado um perímetro de segurança e carros de alto padrão de uma concessionária vizinha, que estavam estacionados na calçada, foram movimentados, de maneira a proteger o patrimônio, segundo Barcellos. Um metro de fachada da concessionária, que estava colada ao prédio que pegou fogo, teve danos em material plástico. Para além disso, as chamas não se propagaram e não causaram prejuízos em outras edificações.
Empresa não foi prejudicada
Em publicação nas redes, a Emive afirmou que o incêndio ocorreu em uma área restrita e não causou impacto no fornecimento de equipamentos, atendimento a clientes ou planejamento da companhia, que segue “executando normalmente seus projetos de crescimento e investimentos”. Segundo a empresa, o edifício está regularizado e contava com um brigadista no momento do incidente, o que contribuiu para o controle da situação.
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A empresa foi procurada pela reportagem para esclarecimentos acerca do acompanhamento de representantes durante as perícias e do regime de funcionários enquanto o prédio está interditado e ainda não retornou. O espaço segue aberto.