FIM DE ANO SEGURO

Pé no acelerador, pedestres na pista, ultrapassagens: combo de risco na 262

No trecho da BR-262 rumo ao Triângulo Mineiro, imprudência e reações inadequadas do motorista diante de imprevistos estão entre os principais riscos nas férias

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A alta velocidade e a perda de controle do veículo, terminando em saídas de pista, predominam como causas mais preocupantes de acidentes na BR-262 em direção ao Triângulo Mineiro, pelos 18 municípios que a via corta desde Betim, na Grande BH, até Uberaba. É o que mostram os dados de ocorrências da PRF nos meses de férias, de 15 dezembro a 31 de janeiro, entre 2022 e 2024, incluindo o primeiro mês deste ano.

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Nesse período, foram 329 sinistros registrados em ocorrências, deixando 15 mortos e 417 feridos. A alta velocidade está associada ao maior número de sinistros e também de pessoas que perderam a vida nas ocorrências do período. Foram 60 registros, quatro mortos e 66 feridos.

 

Outros dois fatores mataram duas pessoas cada nos desastres, em ultrapassagens indevidas e condutores que dormiram ao volante. A ausência de reação ou respostas tardias dos motoristas somaram 104 sinistros, deixaram um morto e 118 feridos.

Apesar de numericamente inferiores, os atropelamentos foram responsáveis pelo maior número de mortes, somando quatro vítimas em 12 registros, com nove feridos. As saídas de pista foram as mais recorrentes, com 111 situações em que três pessoas morreram, e 123 acabaram feridas.

Cuidado, pedestres!

Um dos pontos mais críticos fica em Juatuba, na Grande BH, entre o KM 365 e o KM 368, depois da ponte sobre o Rio Paraopeba. Um fator de atenção no trecho é o risco de atropelamento de pedestres, que foi responsável pelos dois óbitos registrados no segmento no período analisado. A combinação de pista dupla com retas e declives favorece o excesso de velocidade, tornando a travessia perigosa, especialmente à noite ou sob chuva.

Em volume de ocorrências, predominam as colisões traseiras e saídas de pista causadas por falha humana, como dormir ao volante ou não manter distância segura entre veículos. A geografia do local, com descidas e curvas, agrava os riscos quando a pista está molhada, levando a tombamentos e feridos.

A prevenção exige postura defensiva: aumentar o espaçamento entre veículos para garantir maior tempo de reação e jamais subestimar o cansaço, já que a monotonia das retas pode induzir à sonolência e à perda de controle do veículo.

Mais à frente, houve no período sinistros graves também em Pará de Minas, na Região Central do estado, onde três vidas foram perdidas. O segmento mais crítico foi do KM 401, no Patafufo, ao KM 417, em Torneiros. No local, a combinação de direção noturna e imprudência resultou em óbitos tanto por perda de controle do veículo em retas quanto por atropelamentos em áreas de transição urbana. A escuridão atuou como fator agravante nos acidentes.

Especialmente entre os KMs 401 e 407, a geometria da via, com curvas e declives, se torna perigosa sob chuva ou céu nublado, condições que prevalecem em grande parte dos registros de feridos. A incidência de saídas de pista e tombamentos indica que os condutores subestimam o traçado.

Atenção ao entrar na pista

No Centro-Oeste mineiro também há pontos críticos da BR-262, como no município de Luz, entre o KM 516, perto da praça de pedágio, e o KM 523, antes do perímetro urbano. O KM 523 se destaca como um ponto letal devido a conflitos com o tráfego urbano. A causa principal de sinistros nesse ponto é acessar a via sem os cuidados necessários, provocando colisões transversais gravíssimas, típicas de entradas em postos de abastecimento ou trevos mal sinalizados.

Já o KM 520 apresenta um cenário de pista simples em declive (serra), arriscado sobretudo à noite e em condições climáticas adversas (chuva ou tempo nublado). A combinação de velocidade incompatível com o trecho resulta em colisões traseiras e frontais, agravadas ocasionalmente pela ingestão de álcool.

Para quem trafega pelo trecho, o desafio é adaptar a condução às mudanças bruscas de ambiente. A recorrência de saídas de pista nos KMs 516 e 519, frequentemente associada à chuva e ao piso molhado, indica que a drenagem ou a aderência do asfalto podem ser falhas, exigindo velocidade reduzida ao primeiro sinal de garoa.

Manutenção é fundamental

No Alto Paranaíba, antes de chegar ao Triângulo Mineiro, outro ponto crítico fica em Ibiá, entre o KM 635, perto do entroncamento com a LMG-827 (Pratinha), e o KM 641, em uma área de plantações com pivôs centrais antes da ponte sobre o Rio Quebra-anzóis. O segmento concentra colisões frontais provocadas por ultrapassagens indevidas e falhas mecânicas.

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A característica rural da via, que favorece o desenvolvimento de maior velocidade, somada às descidas, potencializa a violência dos impactos. Os dados indicam que o pior cenário ocorre quando o motorista arrisca manobras de ultrapassagem em trechos de descida, o que resultou em tragédias com múltiplas vítimas.

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