A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) identificou um morcego com raiva no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul da cidade. Com isso, pets (cães e gatos), em um raio de 300 metros, que já foram imunizados neste ano, deverão ser vacinados novamente – essa ação é tomada sempre que é encontrado um animal contaminado.
A PBH, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, observa a circulação do vírus da raiva e mantém a vigilância contínua para identificar possíveis casos. Agentes de Combate a Endemias (ACE) são os responsáveis por conscientizar a população sobre as medidas de prevenção contra a raiva dentro da área de incidência viral.
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Eles orientam que, em caso de suspeita de que animais possam estar contaminados com a doença – principalmente morcegos que estejam caídos ou com comportamentos atípicos (encontrados em locais incomuns, pendurados em troncos de árvores, muros, concertinas e telas de janelas) –, não os manuseie, coloque uma caixa sobre eles e imediatamente acione o serviço de Zoonoses do município para o recolhimento adequado.
Segundo a PBH, 19 morcegos foram identificados com raiva na cidade. As regionais que mais tiveram casos foram a Nordeste e a Oeste, com quatro animais, cada.
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A PBH distribui vacinas contra raiva para cães e gatos no decorrer de todo o ano, além de ações de conscientização. Em agosto, foi feita a campanha com o Dia D de imunização de animais domésticos, em que bichinhos acima de 3 meses de idade, inclusive fêmeas gestantes, foram imunizados.
O que é a raiva animal?
A raiva é uma doença causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que pode ser contraído por mamíferos, inclusive o ser humano. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2015 e 2024, foram registrados 241 casos de raiva em cães e gatos no Brasil, sendo que 77,2% dos registros ocorreram em cães domésticos.
O vírus pode ser transmitido ao homem pela saliva de animais infectados, por meio de mordidas, arranhões e lambidas. É recomendado, em caso de acidentes com animais potencialmente transmissores de raiva – como morcegos –, que a vítima vá ao centro de saúde mais próximo para iniciar o Programa de Profilaxia da Raiva Humana.
Os sintomas mais comuns após a contaminação humana são aumento de temperatura, anorexia, dor de garganta, irritabilidade e inquietação. A infecção pode progredir, surgindo manifestações mais graves, como delírios, espasmos musculares involuntários, generalizados ou convulsões. O vírus não tem cura.
(Com informações da estagiária Júlia Melgaço)
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*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata
