Após se tornar papa, é esperado que um cardeal altere seu nome. O papa Francisco, por exemplo, se chamava Jorge Mario Bergoglio. Essa é uma tradição que remonta ao século VI, quando começou o papado de João II, no ano de 543.

Ao se tornar papa, ele decidiu abrir mão do seu nome de batismo, Mercúrio, por considerá-lo inadequado, por ser o nome de uma divindade pagã. Ele então resolveu adotar o mesmo nome de um papa anterior, começando uma tradição que remete até hoje. 

Há também uma referência a Jesus, que, ao indicar São Pedro para ser o primeiro papa, mudou o nome do pescador Simão para Pedro, dizendo que ele seria a pedra sobre a qual se ergueria a Igreja. Para os católicos, o papa escolhe um novo nome ao assumir o Vaticano como uma forma de sinalizar ao mundo a sua nova identidade e a missão que pretende desempenhar. A escolha do novo nome reflete intenções teológicas, históricas e políticas, e serve como "primeira declaração" do seu pontificado. 

A rigor, o papa pode escolher o nome que quiser para ser chamado durante seu pontificado. Mas existem dois critérios que são adotados pelos últimos papas. Em primeiro lugar, muitos escolhem homenagear apóstolos de Jesus , com nomes como João, Paulo ou João Paulo. 

Cabe ao protodiácono fazer o anúncio oficial na sacada da basílica de São Pedro. Ele solta a famosa expressão “Habemus Papam!” (“Temos um Papa”). Reprodução do Youtube
Para ser eleito Papa é preciso ter dois terços dos votos de toda a assembleia. Ou seja, um mínimo de 80 votos. Reprodução do Youtube
Nele, cardeais do mundo inteiro se reúnem em assembleia e ficam isolados do mundo. O princípio é de que não estejam sujeitos a influências e pressões. O voto é secreto. Reprodução do Youtube
Ele ocorre quando um papa morre - como na sucessão de João Paulo II para Bento XVI - ou renúncia - a exemplo da última mudança, com Bento XVI dando lugar a Francisco. Reprodução do Youtube
O conclave para escolher um novo Papa é um dos processos mais antigos, rígidos e secretos do mundo. Ele acontece desde o século 13. Domínio Público/Wikimédia Commons
"Conclave" ganhou Oscar de Melhor Roteiro Adaptado . E concorreu ainda por Figurino, Trilha Sonora, Direção de Arte, Montagem, Melhor Ator (Ralph Fiennes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini). Youtube/ Greghulme
Ele concorreu na mesma categoria em que está “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. O filme brasileiro também foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro e, neste caso, ganhou o prêmio. Divulgação
“Conclave” foi um dos candidatos a Melhor Filme na 97ª edição do Oscar, cuja cerimônia aconteceu no dia 2 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles, na Califórnia. Divulgação
Na trama, o cardel Lawrence, vivido por Ralph Fiennes (“O Jardineiro Fiel” e “O Paciente Inglês”), é quem conduz o conclave para a escolha do novo pontífice após a morte súbita do então líder mundial da Igreja Católica. Divulgação
Com direção de Edward Berger (“Nada de Novo no Front”, de 2022), o longa-metragem é uma adaptação de best-seller homônimo escrito por Robert Harris, lançado em 2016. Divulgação

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Mas a escolha representa também a linha de administração do papa. Quando o polonês Karol Wojtyla optou pelo nome João Paulo II, era um sinal de que ele seguiria a condução dos antecessores João XXIII, Paulo VI e João Paulo I, que pregavam uma reforma cautelosa na estrutura da Igreja. 

Alguns nomes como Pio seriam muito conservadores. Já nomes João indicariam abertura a reformas. 

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