ÚLTIMA ESPERANÇA

Confissão no leito de morte é esperança para mãe de jovem desaparecido

Bradley John Murdoch foi condenado por assassinar Peter Falconio, mas corpo de mochileiro nunca foi encontrado

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Desde 2001, Joan Falconio luta por poder enterrar o filho, o mochileiro britânico Peter Falconio, morto a tiros pelo australiano Bradley John Murdoch, que foi condenado pelo crime. No entanto, o corpo de Peter nunca foi encontrado. Agora, Joan reacendeu a esperança de dar seu último adeus ao filho, já que Murdoch está em estágio terminal de um câncer na garganta e pode fazer uma confissão no leito de morte. 

O assassino, de 67 anos, cumpria prisão perpétua na penitenciária. Com a complicação no seu estado de saúde, ele foi levado ao hospital, onde recebe cuidados paliativos. Até o momento, Murdoch permanece em silêncio, alimentando a angústia de Joan. “Só queremos trazer nosso filho para casa depois de todos esses anos, mas não temos certeza se algum dia conseguiremos”, disse ao The Sun.

Peter Falconio foi morto a tiros em julho de 2001 durante uma viagem pela Austrália. O corpo nunca foi localizado. Joan e seu marido Luciano, de 80 anos, vivem hoje em Huddersfield, na Inglaterra, e souberam da condição terminal do assassino apenas após a repercussão internacional da notícia. “Não tenho nenhum sentimento por ele depois de tirar a vida de Peter. Não gosto de pensar nele”, disse a mãe.

O crime ocorreu em uma estrada entre Alice Springs e Darwin, quando Peter e a namorada, Joanne Lees, viajavam em uma van. Murdoch emboscou o casal, matou Peter e tentou sequestrar Joanne, que conseguiu escapar e pedir socorro.

Em 2005, Murdoch foi condenado à prisão perpétua, apesar de se dizer inocente. Recentemente, as autoridades australianas dobraram a recompensa por informações sobre os restos mortais de Falconio, agora fixada em US$ 500 mil (mais de R$ 2,7 milhões).

Apesar de a família manter a esperança, especialistas dizem que Murdoch não deve revelar o paradeiro do caso. O investigador-chefe do crime defende que ele provavelmente morrerá sem oferecer novas pistas. Já a ex-policial Colleen Gwynne, que fez parte da investigação, acredita que ele pode ter esquecido o local onde abandonou o corpo, devido ao estresse da situação e à fuga da vítima sobrevivente.

Em contraste, a escritora policial Robin Bowles afirmou que o criminoso deve fazer uma “declaração explosiva” em seu leito de morte, mas não a entregará à polícia. A autora, que fez uma entrevista com o criminoso em que ele admite ser o autor da morte de Falconio, disse saber do que se trata a declaração. “E será explosivo. É uma pena que não tenha podido ser divulgado antes. Não se pode processar um homem morto. Então, se ele está fazendo as alegações e já morreu, a história pode piorar", afirmou ao site 7News. 

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Desde 2016, um memorial simbólico foi instalado no local do desaparecimento de Peter. Joan e Luciano não retornaram ao local, mas dizem que o tributo é significativo. “A vida do meu filho parou em uma estrada solitária. Nossa dor está sempre conosco. Queremos trazer Peter para casa, onde ele pertence”, declarou.

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