Escolher o nome do bebê é um momento único e especial para os futuros papais. Mas, em busca de algo que seja diferente, alguns podem ultrapassar limites. Uma mãe americana viralizou nas redes sociais ao escolher o nome Chernobyl Hope para a filha que está gestando. 

O nome foi revelado em um convite do chá de bebê. Um amigo dos pais, chocado com a informação, fez um post no Reddit. “Bem... Acabei de ser convidada para um chá de bebê… estou sem palavras”, escreveu. 

I’m speechless…
byu/kittysogood intragedeigh

O desastre nuclear de Chernobyl aconteceu em 1986, na Ucrânia. A explosão de uma usina nuclear é tida como o pior acidente nuclear da história da humanidade. De acordo com os dados oficiais, 31 pessoas morreram imediatamente em consequência do acidente. Mas estima-se que centenas de milhares de mortes prematuras foram causadas pela exposição à radiação.

No entanto, parece que os pais não sabiam disso ao escolher o nome. "Tenho a impressão de que eles não sabem o que Chernobyl significava. Perguntei de onde tiraram a ideia e disse que simplesmente parecia legal", contou o convidado. 

Historicamente, Helena já foi popular nos anos 1950 e chegou a batizar mais de 444.498 brasileiras. Christian Abella/Pixabay
O crescimento da popularidade de Helena é constante desde 2015, quando estava na 45ª posição. Em 2017, passou para 21ª e, em 2019, chegou à 15ª. Freepik/Holiak
Na mitologia grega, Helena de Troia era famosa por sua beleza. Brian Quid/Unsplash
1º) Helena (22.533 registros): O nome mais registrado no Brasil em 2024, Helena vem do grego Heléne, relacionado à palavra hél? (raio de sol). Também tem ligação com o termo hélios ("sol"). Pexels/Olajide Joy Samuel
2º) Miguel (22.142 registros): Deriva do hebraico Mikha'el e é um nome com forte conotação religiosa, presente em várias tradições como o arcanjo Miguel, líder dos exércitos celestiais. Pexels/Tracey Shaw
3º) Gael (19.883 registros): A origem de Gael ainda é incerta. Uma das teses é de que vem do termo Gwenael ou Gael, usado para se referir aos povos celtas da Bretanha e da Irlanda. Nidhil 007/Pixabay
4º) Ravi (19.121 registros): Vem do sânscrito Ravi, que significa "sol". Na mitologia hindu, Ravi é o deus do Sol, uma divindade importante associada à luz, energia e vida. Freepik/freepic.diller
5º) Theo (18.493 registros): Forma curta de Teodoro ou Teófilo, derivados do grego Theos (????), que significa "Deus". Unsplash/Mindy Olson P
6º) Heitor (17.726 registros): Tem origem no grego clássico ????? (Hékt?r), que significa "aquele que mantém firme", "defensor" ou "protetor". Na mitologia, Heitor foi um herói troiano da Ilíada, conhecido por sua bravura. pixabay
7º) Cecilia (17.416 registros): É um nome de origem latina, derivado do nome de família romano Caecilius, que por sua vez deriva de caecus, que significa "cego" ou "a que tem os olhos fechados". É também associado a Santa Cecília, padroeira dos músicos. esudroff/Pixabay
8º) Arthur (16. 872 registros): A origem do nome Arthur é envolta em mistério e lendas. Pode significar "urso corajoso" ou "nobre". Freepik/Firestock
9º) Noah (16.236 registros): Tem origem hebraica e significa "descanso" ou "conforto". Na Bíblia, Noé ajudou a popularizar o nome. Freepik/jcomp
10º) Maite (16.197 registros): É uma variação do nome basco Maite, que significa "amor" ou "amada". bbanting/Pixabay
Alguns nomes, como Gael, Ravi e Maitê, refletem a crescente diversidade cultural no Brasil, enquanto outros, como Miguel, Helena e Arthur, têm raízes históricas profundas na tradição ocidental. Confira o ranking! Freepik/v.ivash
O levantamento foi realizado com base no Portal da Transparência do Registro Civil, que permite consultar dados por nome, região e município. Alex Pasarelu/Unsplash
Mas muitas pessoas ainda optam por nomes comuns como mostrou uma pesquisa divulgada pela Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) , revelando os nomes mais registrados no Brasil em 2024. Picsea/Unsplash
“Saber que minha bebê é a primeira e única é algo bem diferente", afirmou a mãe. Imagem de Terri Cnudde por Pixabay
Uma brasileira decidiu dar à filha um nome inédito no Brasil. E, após pesquisa, Daniele Pereira Brandão Xavier registrou o bebê como Amayomi. O FLIPAR mostrou e republica para quem não viu. Reprodução arquivo pessoal

Mesmo classificando o nome como ridículo e ofensivo, muitos perfis na rede social fizeram piada com a situação. “Tenho certeza de que todos na festa ficarão radiantes", escreveu um perfil. “Minha filha Pearl Harbor e eu adoramos o nome Chernobyl”, disse outro. 

“Batizar alguém com o nome de algo que deixou pessoas com câncer, passando por mais de 30 cirurgias apenas para sobreviver e perdendo a qualidade de vida. Estou simplesmente chocado. Repulsivo”, criticou um terceiro.

Vários usuários da rede social deram conselhos ao convidado. “Mesmo que você ache que seu relacionamento com eles vai azedar, pelo menos pelo bem do bebê, você precisa conversar com eles e sugerir que mudem o nome e explicar o que isso significa, tudo educadamente, é claro. Se eles disserem que continuarão com o nome, você pode sorrir e dar um joinha”, aconselhou um perfil. “Remova essas pessoas da sua vida de qualquer jeito”, recomendou outra pessoa.

Nos Estados Unidos, as leis e regulamentações sobre certidões de nascimento variam de estado para estado.  Alguns estados proíbem nomes como Jesus Cristo e Papai Noel, mas, a legislação não diz nada sobre Chernobyl. 

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No Brasil, não existe definição que proíbe nomes de pessoas.  O que acontece é que a Lei Federal 6.015 de 1973 estabelece que o oficial de registro pode intervir e negar o registro de uma criança, caso considere que o nome possa causar constrangimento ou ser esdrúxulo. Quando isso acontece, o funcionário do cartório também pode questionar os pais e oferecer alternativas. Se não houver um acordo, a decisão passa por um juiz, que decide se o nome pode ou não ser escolhido. 

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