Frota com Thiago Ávila e Greta Thunberg é atacada durante missão para Gaza
Ativista brasiliense não estava no barco no momento do ataque
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Siga noUma frota do movimento Global Sumud Flotilla foi atacada, nesta segunda-feira (8/9), durante uma missão para levar mantimentos para Gaza. O barco atingido era o do ativista brasiliense Thiago Ávila e da ambientalista sueca Greta Thunberg, mas o Correio confirmou com familiares que eles não estavam na embarcação no momento do ataque.
O barco foi atingido por drones enquanto navegava pelo mar da Tunísia, a cerca de 2 mil quilômetros de Gaza. Seis pessoas estavam na embarcação na hora do ataque, mas ninguém ficou ferido.
De acordo com a Global Sumud Flotilla, o ataque ocorreu contra um dos barcos principais da missão, chamado de “Barco da Família”. A embarcação navegava sob bandeira portuguesa e os drones causaram um incêndio no convés principal e no depósito de mantimentos. Ainda não há confirmação da autoria do ataque.
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A esposa de Thiago, Lara Souza, informou ao Correio que a embarcação atacada era a do marido. “O barco atingido é o barco dele. Onde ele estava navegando nos últimos dias e para onde voltaria nos próximos dias de navegação. Mas ele não estava a bordo no momento do ataque”, disse.
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Em junho deste ano, Thiago ficou preso em Israel após a embarcação dele ser interceptada por militares durante uma missão para entregar alimentos e remédios para palestinos em Gaza.
A Global Sumud Flotilla publicou vídeo do momento em que ocorre o ataque de drones contra e embarcação. Confira:
Outro vídeo, publicado pelo coletivo Juntos, mostra a embarcação em chamas após o ataque. Confira:
A embarcação atacada tinha apenas civis e levava comida e medicamentos para Gaza, território atacado pelo exército de Israel desde outubro de 2023.
Thiago Ávila foi preso por Israel em junho
A brasiliense Thiago Ávila ficou preso em Israel por três dias em junho deste ano. O ativista, que faz parte do grupo Flotilha da Liberdade, estava em missão humanitária que tentava levar suprimentos para Gaza de barco. A embarcação onde ele e mais 11 ativistas estavam foi interceptada pelas Forças de Segurança de Israel no dia 9 de junho.
Segundo nota do Itamaraty em junho, a interceptação da embarcação Madleen, que faz parte do grupo Flotilha da Liberdade, foi feita em águas internacionais que não estão sob a jurisdição de Israel.
A Justiça israelense decidiu pela deportação do ativista e o proibiu de entrar no país pelos próximos 100 anos.
Segundo a Flotilla da Liberdade, os ativistas relataram condições insalubres no sistema prisional de Israel, incluindo infestação de mosquitos e acesso apenas a água não potável.