DINASTIAS

Famílias no poder: os clãs políticos mais famosos pelo mundo

Dos Kennedy nos EUA aos Kirchner na Argentina; conheça outras famílias que, como os Bolsonaro no Brasil, marcaram a política de seus países

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A presença de famílias na política não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Pelo mundo, clãs mantêm o poder por gerações, moldando o destino de nações inteiras. Essas dinastias, como são conhecidas, criam legados que atravessam décadas, misturando serviço público com poder, influência e, por vezes, controvérsias.

De democracias consolidadas a regimes autoritários, a passagem de bastão entre pais, filhos e cônjuges é uma constante na história política global. Conhecer esses exemplos ajuda a entender como o poder se perpetua e quais os impactos disso para a sociedade. A seguir, conheça algumas das famílias políticas mais famosas do mundo.

Famílias no poder: os clãs políticos mais famosos pelo mundo
Ex-presidente dos EUA, John KennedyBy Cecil W. Stoughton - John F. Kennedy Presidential Library and Museum, Public Domain

Os Kennedy nos Estados Unidos

Poucas famílias simbolizam tanto poder e tragédia quanto os Kennedy. A trajetória do clã na política americana começou a ganhar destaque com Joseph P. Kennedy, um empresário e diplomata influente. Seus filhos, no entanto, levaram o nome da família ao ápice do poder global.

John F. Kennedy, conhecido como JFK, foi eleito presidente em 1960, tornando-se um ícone de esperança e modernidade. Seu governo, no entanto, foi interrompido por seu assassinato em 1963. Seu irmão, Robert F. Kennedy, serviu como procurador-geral e, mais tarde, senador. Ele também foi assassinado, em 1968, durante a campanha presidencial.

Outro irmão, Edward "Ted" Kennedy, teve uma longa carreira como senador por Massachusetts, sendo uma das vozes mais influentes do Partido Democrata por décadas. A família segue com representantes na política, mantendo o legado de uma das dinastias mais marcantes dos EUA.

A dinastia Nehru-Gandhi na Índia

A história da Índia moderna está diretamente ligada à família Nehru-Gandhi. A saga começou com Jawaharlal Nehru, o primeiro-ministro que liderou o país após a independência do Reino Unido, em 1947. Ele governou por 17 anos, estabelecendo as bases da democracia indiana.

Sua filha, Indira Gandhi, seguiu seus passos e se tornou primeira-ministra em 1966. Ela governou com mão de ferro, em um período de grande transformação e instabilidade. Indira foi assassinada em 1984 por seus próprios guarda-costas.

A liderança passou então para seu filho, Rajiv Gandhi, que também se tornou primeiro-ministro. A tragédia, porém, voltou a atingir a família, e Rajiv foi assassinado em 1991 durante um ato de campanha. Seus descendentes, Sonia e Rahul Gandhi, continuam ativos na política indiana.

Os Bhutto no Paquistão

No Paquistão, a família Bhutto também protagonizou uma história de poder e perdas. Zulfikar Ali Bhutto fundou o Partido Popular do Paquistão (PPP) e atuou como presidente e primeiro-ministro nos anos 1970. Ele foi deposto por um golpe militar e executado em 1979.

Sua filha, Benazir Bhutto, assumiu a liderança do partido e se tornou a primeira mulher a chefiar um governo de um país muçulmano, em 1988. Seu governo foi marcado por tensões políticas e acusações de corrupção. Em 2007, Benazir foi assassinada durante um comício, abalando o cenário político do país.

Os Kirchner na Argentina

A Argentina vivenciou um fenômeno raro: um casal que se revezou na presidência. Néstor Kirchner foi eleito presidente em 2003 e liderou a recuperação econômica do país após uma grave crise. Seu governo foi marcado por políticas de viés progressista e forte intervenção estatal.

Em 2007, ele decidiu não concorrer à reeleição e apoiou sua esposa, Cristina Fernández de Kirchner, que venceu a disputa. Cristina foi reeleita em 2011, um ano após a morte de Néstor. Juntos, eles dominaram a política argentina por mais de uma década, em um período conhecido como "kirchnerismo", que durou até 2015.

Em 2019, ela voltou à Casa Rosada como vice na chapa de Alberto Fernández, e permaneceu no poder até 2023, quando Javier Milei venceu as eleições na Argentina.

Leia: Cristina Kirchner é condenada a 6 anos de prisão

A família Lee em Singapura

Singapura se transformou de uma pequena ilha em uma potência econômica global sob o comando de uma única família. Lee Kuan Yew foi o primeiro-ministro do país por mais de três décadas, de 1959 a 1990. Ele é considerado o arquiteto da Singapura moderna.

Leia: Primeiro-ministro da Singapura renunciará após 20 anos no cargo

Seu filho, Lee Hsien Loong, seguiu a carreira política e assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2004, permanecendo no poder desde então. A família Lee mantém um controle firme sobre a política do país, em um modelo que combina desenvolvimento econômico acelerado com um sistema político de pouca abertura.

Os Assad na Síria

A família Assad comandou a Síria há mais de 50 anos, em um regime autoritário. Hafez al-Assad tomou o poder em 1970 e governou o país até sua morte, em 2000. Durante seu governo, ele consolidou um regime de partido único, centralizando o poder em torno de sua figura.

Após sua morte, seu filho, Bashar al-Assad, assumiu a presidência. O governo de Bashar enfrentou forte oposição interna, que culminou em uma guerra civil devastadora a partir de 2011. Ao final de 2024, ele foi deposto pelos rebeldes e se exilou na Rússia.

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