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Estado de Minas INTERNACIONAL

Cristina Kirchner � condenada a 6 anos de pris�o

Kirchner, vice-presidente da Argentina, foi considerada culpada de 'administra��o fraudulenta' na concess�o de obras rodovi�rias na prov�ncia de Santa Cruz


06/12/2022 18:07 - atualizado 07/12/2022 11:38

Um tribunal condenou nesta ter�a-feira (6) a vice-presidente Cristina Kirchner a seis anos de pris�o e inabilita��o perp�tua para ocupar cargos p�blicos por fraude e corrup��o enquanto era presidente da Argentina, de 2007 a 2015, uma senten�a que a l�der peronista atribuiu a uma "m�fia judicial".

Kirchner, de 69 anos, foi considerada culpada de "administra��o fraudulenta" em detrimento do Estado na concess�o de obras rodovi�rias na prov�ncia de Santa Cruz (Patag�nia Austral), seu ber�o pol�tico.

Apesar da condena��o, Kirchner n�o ser� presa por ter foro privilegiado.

A decis�o em primeira inst�ncia abre um longo caminho de recursos antes do caso ser finalizado, o que lhe permitiria concorrer a qualquer cargo nas elei��es.

No entanto, a pr�pria Kirchner descartou essa possibilidade nesta ter�a-feira, ap�s o veredicto.

"N�o serei candidata a nada, nem a senadora, nem a deputada, nem a presidente" nas elei��es gerais de 2023.

O veredicto tem um forte impacto pol�tico em um pa�s polarizado entre o governo peronista e a oposi��o de direita, em meio a uma grave crise econ�mica com uma infla��o estimada em quase 100% anual.
 

"Nas alega��es provei absolutamente que n�o tive a gest�o do or�amento. N�o legislo, o Congresso o faz. Nenhuma das mentiras foram provadas. Quem me condenou foi um Estado paralelo, uma m�fia judicial", disse em um longo discurso transmitido pelas redes sociais.

"A senten�a tem um forte impacto pol�tico", comentou � AFP o analista Rosendo Fraga, ainda que "a possibilidade de ela ser presa por esta condena��o seja inexistente". A senten�a sem pris�o efetiva � "uma decep��o para os setores antikirchneristas", afirmou.
 
 
Cristina Kirchner
Cristina Kirchner � condenada a 6 anos de pris�o (foto: JUAN MABROMATA / AFP )
 

- Condenada "de antem�o" -


Desde o in�cio do julgamento, em 2019, a ex-presidente sustenta que sua senten�a "est� escrita de antem�o", ao denunciar que se trata de "um julgamento pol�tico" com o objetivo de perseguir o peronismo.

Kirchner era acusada, junto com outras 12 pessoas, pela suposta irregularidade na concess�o de obras p�blicas na prov�ncia de Santa Cruz durante seus dois mandatos presidenciais.
 

A Promotoria pedia 12 anos de pris�o para ela, por consider�-la "chefe de uma associa��o il�cita" e por fraude, e tamb�m sua inabilita��o pol�tica para o exerc�cio de cargos p�blicos. O tribunal n�o aceitou a acusa��o de "associa��o il�cita".

Kirchner garantiu, no entanto, que continuar� na pol�tica. "Opinar e dizer o que eu acho que � preciso ser feito para construir um pa�s melhor para nosso povo. Nunca vou abrir m�o disso", alertou.

Na semana passada, em suas declara��es finais perante o tribunal, Kirchner acusou os ju�zes de terem "inventado e deturpado" os fatos. "Isto � um pelot�o de fuzilamento", acusou.

A pena de seis anos � a maior poss�vel para fraude contra o Estado.

Dos 13 r�us do caso, a maioria ex-integrantes do governo de Kirchner, nove foram condenados, tr�s foram absolvidos e um teve seu processo prescrito.

- Apoio -


Desde as primeiras horas desta ter�a-feira, um punhado de seguidores se posicionou pr�ximo ao tribunal para expressar seu apoio a Kirchner, apesar de ela, como os outros r�us, terem ouvido o veredicto virtualmente.

"� uma pessoa transparente. Se a est�o julgando � por tudo que ela deu para o povo", disse � AFP Marcelo Graziano, de 50 anos, em frente ao tribunal.

V�rias organiza��es kirchneristas se declararam em estado de alerta, mas sem convocar uma mobiliza��o conjunta. Um setor mais radicalizado iniciou uma longa marcha desde o limite oeste de Buenos Aires em dire��o � corte.

"Se tocarem em Cristina, vamos parar o Estado. N�o vamos permitir um 'Lula' em nosso pa�s", amea�ou dias atr�s Daniel Catalano, secret�rio-geral da Associa��o dos Trabalhadores do Estado.

No entanto, a pr�pria vice-presidente desencorajou as manifesta��es para evitar provoca��es, disseram fontes do partido.

Em 1º de setembro, Kirchner sofreu uma tentativa de assassinato em frente a sua resid�ncia em Buenos Aires, quando um homem armado infiltrado entre apoiadores da ex-presidente apontou uma arma para ela e tentou atirar. A arma acabou falhando.
  

 
 


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