
Da Chech�nia � S�ria passando pela Ucr�nia, a R�ssia de Vladimir Putin esteve envolvida em v�rias guerras desde a queda da Uni�o Sovi�tica, em 1991. Ap�s meses de tens�es, o presidente russo ordenou invas�o � Ucr�nia e envio de tropas para as "rep�blicas" separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucr�nia, horas depois de reconhecer a independ�ncia de ambas, na segunda-feira (21/2).
A extens�o e o calend�rio desta implanta��o ainda n�o est�o claros, mas este an�ncio alimenta temores de uma grande escalada na Ucr�nia, em cujas fronteiras a R�ssia tem mais de 150.000 soldados estacionados, de acordo com Washington e Kiev (e at� 190.000, incluindo-se os separatistas).
Duas guerras sangrentas na Chech�nia

Em outubro de 1999, por�m, sob o impulso do primeiro-ministro Vladimir Putin, prestes a ser eleito presidente, as for�as russas entraram novamente na Chech�nia para uma "opera��o antiterrorista". A ofensiva se deu ap�s um ataque de separatistas chechenos contra a rep�blica russa do Daguest�o e v�rios atentados na R�ssia, atribu�dos aos chechenos por Moscou.
Em fevereiro de 2000, a R�ssia retomou a capital Grozny, arrasada pela artilharia e pelas For�a A�rea russas. A guerrilha continuou, no entanto. Em 2009, o Kremlin decretou o fim de sua opera��o, deixando dezenas de milhares de mortos de ambos os lados ap�s estes dois conflitos.
"Guerra-rel�mpago" na Ge�rgia

A R�ssia respondeu com o envio de suas tropas para o territ�rio georgiano e, no espa�o de cinco dias, infligiu uma derrota esmagadora � ex-rep�blica sovi�tica.
Os combates deixaram v�rias centenas de mortos. No processo, o Kremlin reconheceu a independ�ncia da Oss�tia do Sul e da Abkh�zia, outra prov�ncia separatista. Desde ent�o, manteve uma forte presen�a militar neste territ�rio.
Os ocidentais denunciam uma ocupa��o "de facto".
Conflito na Ucr�nia

No processo, surgiram movimentos separatistas pr�-russos no leste da Ucr�nia, em Donetsk e Lugansk, regi�es do Dombas que fazem fronteira com a R�ssia. As duas rep�blicas se autoproclamam, levando a um intenso conflito armado.
Kiev e o Ocidente acusam a R�ssia de apoiar os rebeldes, enviando homens e equipamentos. Moscou sempre negou esse suporte, reconhecendo apenas a presen�a de "volunt�rios" russos na Ucr�nia.
O conflito diminuiu de intensidade a partir de 2015 e da assinatura dos Acordos de Paz de Minsk.

Desde o final de 2021, por�m, Moscou vem fazendo manobras militares terrestres, a�reas e mar�timas em torno do territ�rio ucraniano, posicionando mais de 150.000 soldados em suas fronteiras, como denunciam os Estados Unidos e seus aliados.
Depois de v�rios meses de tens�o, Vladimir Putin reconheceu a independ�ncia das duas rep�blicas separatistas na noite de segunda-feira (21/2) e ordenou que suas tropas se deslocassem para l�.
Os confrontos na Ucr�nia j� custaram mais de 14.000 vidas desde 2014.
Interven��o na S�ria

Com muitos bombardeios mortais e destrui��o maci�a, a interven��o de Moscou mudou o curso da guerra e permitiu ao governo s�rio obter vit�rias decisivas, recuperando o terreno antes perdido para rebeldes e jihadistas.
Moscou tem duas bases militares na S�ria: o aer�dromo de Hmeimim, no noroeste do pa�s, e o porto de Tartus, mais ao sul. Mais de 63.000 militares russos j� atuaram na campanha s�ria.
