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Estado de Minas CONFLITO NA EUROPA

R�ssia invade Ucr�nia: o que sabemos at� agora sobre principais acontecimentos

Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no in�cio desta quinta-feira (24/2) que o conflito entre as for�as russas e ucranianas � 'inevit�vel'; h� relatos de explos�es na capital Kiev e em outras cidades.


24/02/2022 15:02 - atualizado 24/02/2022 15:33


Engarrafamento de carros em Kiev
Fuga de moradores de Kiev provoca engarrafamentos na capital ucraniana (foto: Reuters)

A R�ssia iniciou nesta quinta-feira (24/2) um ataque militar em larga escala contra a Ucr�nia, pa�s vizinho ao sul, por ordem do presidente russo, Vladimir Putin.

H� relatos de ataques � infraestrutura militar ucraniana em todo o pa�s e de comboios russos chegando de todas as dire��es.

A seguir, confira o que sabemos at� agora.

Putin ordena ataque

Em pronunciamento televisionado �s 5h55 (hor�rio de Moscou), Putin anunciou uma "opera��o militar" na regi�o de Donbas, no leste da Ucr�nia.

Esta �rea abriga muitos ucranianos de l�ngua russa. Partes dela foram ocupadas e administradas por rebeldes apoiados pela R�ssia desde 2014.

Putin disse que a R�ssia estava intervindo como um ato de leg�tima defesa. A R�ssia n�o queria ocupar a Ucr�nia, segundo ele, mas iria desmilitarizar e "desnazificar" o pa�s.

Ele pediu aos soldados ucranianos na zona de combate que baixem suas armas e voltem para casa, mas disse que os confrontos s�o inevit�veis %u200B%u200Be "apenas uma quest�o de tempo".

E acrescentou que qualquer interven��o de pot�ncias externas de resist�ncia ao ataque russo seria recebida com uma resposta "instant�nea".

Explos�es ouvidas em todo o pa�s

Correspondentes da BBC escutaram estrondos na capital Kiev, assim como em Kramatorsk, na regi�o de Donetsk, no leste da Ucr�nia. Explos�es tamb�m foram ouvidas na cidade portu�ria de Odessa, no sul.

O presidente da Ucr�nia, Volodymyr Zelensky, disse que a R�ssia realizou ataques com m�sseis � infraestrutura da Ucr�nia e guardas de fronteira.

O Minist�rio da Defesa da R�ssia negou ter atacado cidades ucranianas — dizendo que estava mirando infraestrutura militar, defesa a�rea e for�as a�reas com "armas de alta precis�o".

Tanques e tropas entram na Ucr�nia

Tanques e tropas invadiram a Ucr�nia em trechos ao longo de sua fronteira ao leste, sul e norte, diz a Ucr�nia.

Comboios militares russos cruzaram de Belarus para a regi�o de Chernihiv, no norte da Ucr�nia, e da R�ssia para a regi�o de Sumy, que tamb�m fica ao norte, segundo o servi�o de guarda de fronteira da Ucr�nia (DPSU).

Belarus � um aliado de longa data da R�ssia. Analistas descrevem o pequeno pa�s como o "estado-sat�lite" da R�ssia.


Comboio russo entrando na região de Kherson, na Ucrânia, vindo da Crimeia
Um comboio russo entra na regi�o de Kherson, na Ucr�nia, vindo da Crimeia (foto: Reuters)

Os comboios tamb�m entraram nas regi�es ao leste de Luhansk e Kharkiv e se deslocaram para a regi�o de Kherson a partir da Crimeia — territ�rio que a R�ssia anexou da Ucr�nia em 2014.

A ofensiva russa foi precedida por disparos da artilharia, e guardas de fronteira ficaram feridos, informou o DPSU.

Tamb�m houve relatos de tropas desembarcando por mar nas cidades portu�rias do Mar Negro de Mariupol e Odessa, no sul.

Uma forte explos�o foi ouvida no centro da cidade de Odessa, e um residente brit�nico disse � BBC que muitas pessoas estavam indo embora.

Mortes registradas

Pelo menos oito pessoas morreram em bombardeios das for�as russas, segundo a pol�cia ucraniana.

Um ataque a uma unidade militar em Podilsk, nos arredores de Odesa, matou seis pessoas e feriu sete, segundo autoridades. Dezenove pessoas est�o desaparecidas.

E uma pessoa morreu na cidade de Mariupol, ao leste.

Ucr�nia diz que est� se defendendo

As for�as armadas ucranianas disseram que derrubaram cinco avi�es russos e um helic�ptero e provocaram baixas nas tropas invasoras.

"Mantenham a calma e acreditem nos defensores da Ucr�nia", diz um comunicado das for�as militares da Ucr�nia.

O Minist�rio da Defesa da R�ssia negou, no entanto, que suas aeronaves tenham sido derrubadas.


Carros atravessando campos para deixar Kharkiv
As pessoas atravessaram campos para deixar a cidade de Kharkiv (foto: Reuters)

A Ucr�nia decretou lei marcial — o que significa que os militares assumem o controle temporariamente — e cortou rela��es diplom�ticas com a R�ssia.

O presidente Zelensky instou os russos a protestar contra a invas�o e disse que armas seriam distribu�das a qualquer pessoa na Ucr�nia que desejasse.

Enquanto isso, o ministro das Rela��es Exteriores, Dmytro Kuleba, implorou ao mundo que imponha san��es devastadoras � R�ssia, incluindo excluir o pa�s do sistema internacional de transfer�ncia banc�ria Swift.

O embaixador da Ucr�nia em Washington disse que o pa�s "n�o espera que ningu�m" lute pelo pa�s enquanto combate as for�as russas.Falando a rep�rteres na embaixada ucraniana, Oksana Markarova disse que "Kiev est� totalmente sob controle [do governo]", mas que os helic�pteros russos est�o "fora" da cidade."A situa��o � muito tensa", acrescentou.De acordo com Markarova, dezenas de militares ucranianos foram mortos na manh� de quinta-feira.

Moradores procuram abrigo

Em Kiev, h� grandes congestionamentos nas vias expressas � medida que as pessoas fogem da cidade.

Relatos nas redes sociais fazem refer�ncia a uma crescente sensa��o de p�nico, com alguns dizendo que est�o sendo levados �s pressas para abrigos antia�reos e por�es.

Imagens de televis�o mostraram pessoas rezando nas ruas.

Muitas pessoas em Kiev procuraram abrigo em esta��es de metr� subterr�neas. H� tamb�m longas filas em postos de gasolina e caixas eletr�nicos.


Moradores se abrigando em estação de metrô
Moradores est�o se abrigando em esta��es de metr� (foto: Reuters)

Mais a leste, em Kramatorsk, na regi�o leste de Donetsk, a correspondente da BBC no leste europeu Sarah Rainsford disse que as pessoas n�o esperavam um ataque t�o amplo.

"As pessoas estavam nas ruas ontem � noite nesta cidade — estavam agitando a bandeira ucraniana. Disseram que esta era sua terra. E n�o iriam a lugar nenhum", ela contou.

"Isto � o que as pessoas estavam � espera, estavam aguardando, mas ningu�m aqui consegue acreditar que de fato est� acontecendo."

Paul Adams, correspondente de diplomacia da BBC em Kiev, disse que jatos est�o sobrevoando de forma intermitente e que h� um cheiro acre no ar. "Tem cheiro de papel queimado", escreveu Adams."Todo mundo est� no limite. Os �nibus ainda est�o circulando, mas quase n�o vejo passageiros."

Pre�o do petr�leo dispara

Os pre�os do petr�leo subiram acima de US$ 100 pela primeira vez em mais de sete anos.

Enquanto isso, a moeda da R�ssia, o rublo, caiu para uma baixa hist�rica em rela��o ao d�lar e ao euro.

E o principal �ndice FTSE 100 da Bolsa de Valores de Londres caiu mais de 200 pontos, ou 2,7%, logo ap�s a abertura.

Mundo condena Putin

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que Putin "escolheu uma guerra premeditada que trar� uma perda catastr�fica de vidas e sofrimento humano". O mundo responsabilizaria a R�ssia, segundo ele.

Biden disse ainda que faria um pronunciamento aos americanos nesta quinta-feira sobre as consequ�ncias que a R�ssia enfrentaria.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou estar "chocado com os eventos horr�veis na Ucr�nia" e que Putin "escolheu um caminho de derramamento de sangue e destrui��o ao lan�ar este ataque sem provoca��o".

O secret�rio-geral da Organiza��o do Tratado do Atl�ntico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, condenou o "ataque irrespons�vel" da R�ssia, dizendo que "coloca em risco in�meras vidas de civis".

A Europa est� "enfrentando seus momentos mais sombrios desde a Segunda Guerra Mundial", avaliou o chefe de pol�tica externa da Uni�o Europeia, Josep Borrell.

J� o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que Putin se aproveitou da "fraqueza" americana.

Ele ligou para a Fox News para dizer que n�o acreditava que Putin "queria fazer isso, inicialmente".

"Acho que ele queria fazer algo e negociar, e ficou cada vez pior, ent�o ele viu a fraqueza", afirmou Trump.

Jessica Parker, correspondente de pol�tica da BBC, informou que a Uni�o Europeia (UE) poderia, em repres�lia � R�ssia, suspender parte de seu acordo de facilita��o de vistos com o pa�s como parte de seu novo pacote de san��es.Fontes indicaram que isso afetaria os rec�m-chegados e aqueles "ligados ao regime [russo]" - como funcion�rios, diplomatas e militares."Em liga��es para cortar a R�ssia do servi�o de mensagens financeiras Swift, um diplomata s�nior disse que, embora a ideia estivesse 'na mesa', n�o era o foco por enquanto", disse Parker.O Swift permite transa��es r�pidas e � usado por 11 mil institui��es financeiras em 200 pa�ses."Mas, se a medida n�o estiver no pr�ximo pacote da UE, eles disseram, isso n�o significa que descartado."Autoridades indicaram, segundo a jornalista, que o pacote provavelmente incluir� medidas sobre controles de exporta��o e os setores financeiro e industrial.

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