Arnold Schwarzenegger no Vaticano, onde participou de uma entrevista coletiva sobre o aquecimento global; ele une forças com o Papa para lutar por justiça climática - (crédito: Filippo MONTEFORTE / AFP)
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O papa Leão XIV se reunirá com especialistas ambientais e ativistas de todo o mundo em uma conferência sobre o climaa partir desta quarta-feira (1/10) na região de Roma, evento que contará com a presença do astro do filme "O Exterminador do Futuro", Arnold Schwarzenegger.
O papa Leão, nascido nos Estados Unidos e eleito em maio após a morte do pontífice argentino, retomou a ação de seu antecessor e insiste que é hora de substituir as palavras por "uma ação climática decisiva e coordenada".
Antes de sua eleição como líder da Igreja Católica, Robert Francis Prevost passou quase 20 anos como missionário no Peru, onde ajudou comunidades vulneráveis afetadas pelos efeitos das mudanças climáticas, incluindo graves inundações.
O tempo é essencial. As emissões que provocam as mudanças climáticas aumentaram em todo o mundo, mas devem ser reduzidas quase pela metade até o final da década para limitar o aquecimento global aos níveis mais seguros estabelecidos no Acordo de Paris de 2015.
Como alcançar a meta será o tema central da próxima reunião de cúpula do clima, a COP30 da ONU, que acontecerá no Brasil em novembro.
Esse tipo de exploração criminosa foi tema do filme "Diamante de Sangue", estrelado por Leonardo DiCaprio, Djimon Hounsou e Jennifer Connely
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O Kimberley certifica a origem das pedras e tem o objetivo de evitar a compra e a venda dos chamados diamantes de sangue, que são aqueles extraídos em áreas de conflito, durante guerras civis e com abuso de direitos humanos.
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Em janeiro de 2023, a Polícia Federal - em operação conjunta com a Agência Nacional de Mineração - prendeu no Rio de Janeiro um empresário que falsificava o certificado Kimberley de diamantes.
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Em outubro de 2022, um diamante rosa (cor muito valorizada) de 11 quilates foi vendido por R$ 49,9 milhões (então, R$ 259,5 milhões), o preço mais alto por quilate da história. Imagem ilustrativa.
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África do Sul - 9,7 milhões de quilates . Os primeiros diamantes foram achados em 1869 numa rocha azul que recebeu o nome de quimberlito. Um dos maiores depósitos é na província de Gauteng.
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República Democrática do Congo - 14 milhões de quilates. O governo do país africano tem um produtor comercial em associação com uma empresa belga. E a maior parte da produção é do setor informal, com empresas de mineração.
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Canadá: 17,6 milhões de quilates. Territórios do noroeste que eram campos de caça se transformaram em importantes áreas de extração de diamantes. A primeira mina abriu em 1998. Das quatro minas do paÃs, três ficam nessa região.
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Com o boicote de países à Rússia por causa da guerra contra a Ucrânia, Botsuana vem tentando ampliar espaço no mercado.
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Botsuana: 22,8 milhões de quilates. O país africano encontrou uma grande mina em 1966, quando declarou independência da Grã-Bretanha. A empresa De Beers é a maior fornecedora de pedras brutas de diamante do mundo.
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Rússia: 39,12 milhões de quilates. A mineração no país começou em 1947 e por lá são encontradas algumas das maiores minas e reservas de diamantes do planeta.
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Veja agora os cinco países que são os maiores produtores de diamantes em todo o mundo.
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Os diamantes industriais são usados principalmente para atividades nas empresas de engenharia civil e mecânica.
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Eles são usados frequentemente para perfurar, triturar ou cortar outros materiais resistentes, como quartzo e alumina.
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Os países que mais produzem diamantes usam a maior parte da mineração para pesquisas e propósitos industriais, não para criação de joias.
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Trabalhado como joia, ele é extremamente valioso no mercado. E, dependendo de sua característica, é negociado em leilões.
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O diamante é um dos mais duros materiais naturais que existem. Por isso, não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância, exceto o próprio diamante,
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Normalmente, o diamante cristaliza com uma estrutura num formato cúbico e pode ser sintetizado industrialmente.
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O diamante é uma das pedras mais valiosas do mundo. Ele não existe em abundância na natureza. E enche os olhos com seu brilho magnifico. Esse brilhante é formado de carbono puro cristalizado, que fica depositado em camadas internas da crosta terrestre.
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O problema é que o lançamento dessa quantidade de pó da pedra preciosa teria um custo astronômico - sem trocadilhos: estimados 200 trilhões de dólares até o fim do século 21. Mas o estudo mostra como são urgentes as medidas para frear o aquecimento da Terra e evitar a escalada de catástrofes naturais.
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Pesquisa divulgada pela Geophysical Research Letters concluiu que despejar 5 milhões de toneladas de pó de diamante na estratosfera pode ajudar a resfriar o planeta Terra por 1,6º C anualmente, amenizando os problemas decorrentes do aquecimento global.
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Diante do atual cenário, a conferência "Aumentar a esperança pela justiça climática", que acontecerá em Castel Gandolfo, onde o pontífice tem sua residência de verão, analisará os progressos registrados e as "medidas urgentes" que são necessárias, segundo os organizadores.
Schwarzenegger declarou na terça-feira, em uma entrevista coletiva no Vaticano, que é "muito importante" que a Igreja Católica se una ao desafio global.
"Não há uma só pessoa que possa 'terminar' com a poluição sozinha", brincou, em um jogo de palavras com o nome em inglês do filme ("Terminator") que o consagrou como herói de ação.
"Temos que trabalhar juntos. Há 1,4 bilhão de católicos no mundo, 200.000 igrejas e aproximadamente 400.000 padres. Imaginem o poder da comunicação", acrescentou Schwarzenegger.
"Cada um dos 1,4 bilhão de católicos pode ser um ativista pelo meio ambiente", disse.
O ex-governador da Califórnia discursará nesta quarta-feira, assim como a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, e o papa Leão, que afirmou que proteger a natureza é "uma questão de justiça: social, econômica e humana".
"Em um mundo no qual os mais vulneráveis dos nossos irmãos e irmãs são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das mudanças climáticas... o cuidado da criação torna-se uma expressão de nossa fé e humanidade", escreveu o pontífice em junho.
Schwarzenegger disse que a conferência, que reúne bispos, líderes indígenas, especialistas em clima e biodiversidade e representantes da sociedade civil, é uma oportunidade para aproveitar o "poder do povo".