Queda de juros é sinônimo de oportunidades na bolsa. Para os Fundos Imobiliários (FIIs), em especial, a expectativa é de retorno acima de 20% neste novo ciclo econômico.

Para falar a respeito, uma live reúne nesta quarta-feira (9), às 18h15, Luís Moran, head da EQI Research, Carolina Borges, analista de FIIs, e Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset.

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Expectativa para os FIIs

Na última quarta-feira (2), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, com Selic indo de 13,75% (patamar em que estava há um ano) para 13,25%.

O Comitê indicou também um próximo corte de 0,50% na próxima reunião (dias 19 e 20 de setembro). Nas projeções dos economistas, a Selic deve chegar próximo a 11,50% ao final de 2023 e em 8,75% em meados de 2024.

Com isso, os Fundos Imobiliários tendem a se favorecer. Isso porque, como explica a analista Carolina Borges, o IFIX (Índice dos Fundos Imobilliários da B3) historicamente sobe em períodos de queda da Selic.

Ela aponta que há uma expectativa de retorno médio dos FIIs de 20% para quem compra fundos em períodos de queda de juros – o que pode ser superado, dependendo da seleção de ativos feita.

“Se considerarmos uma média, podemos afirmar que o IFIX apresentou retorno de cerca de 20% em períodos de cortes nas taxas de juros. Mas, é preciso lembrar que esse retorno apresenta volatilidade e estamos analisando a média do segmento. Uma seleção mais criteriosa poderá entregar retornos ainda melhores”, indica.

“O que os números mostram é que investir em FIIs em momentos de queda nos juros se mostrou uma escolha rentável”, diz Carolina.

Até onde vai a Selic?

Economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz projeta mais dois cortes de 50 pontos-base da Selic, em setembro e outubro, e um corte final de 75 pontos-base na reunião de dezembro, o que levaria a taxa básica de juros a 11,50% ao ano.

Para 2024, ele espera mais um corte de 75 pontos-base em janeiro. E depois um ciclo de 50 pontos, até a Selic chegar em 8,75%, em meados do próximo ano.

No entanto, ele aponta que, se as expectativas de inflação para 2025 e 2026 convergirem para o centro da meta da inflação, que é 3%, o ciclo de corte de juros pode ser mais agressivo, com mais cortes de 75 pontos no ano que vem, e Selic podendo chegar a 7,75%.

“Nosso cenário-base é 8,75% ao ano em 2024, mas tem esse condicionante, caso as expectativas do Boletim Focus confirmem que as expectativas estão desacelerando”, diz.

 

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