Durante uma festa junina em São José do Rio Preto (SP), o pequeno Arthur Ortega, de 4 anos, dançou a quadrilha com os colegas da escola mesmo tendo paralisia cerebral. E isso só foi possível graças à dedicação da professora Ellen Matos, que usou um colete adaptado ao próprio corpo para permitir que o menino participasse da apresentação.

O gesto sensível e cheio de empatia rapidamente ganhou repercussão. O vídeo publicado pela mãe de Arthur logo viralizou, arrancando elogios à educadora.

O momento foi planejado há semanas. Ciente das dificuldades de mobilidade de Arthur, Ellen buscou uma forma de incluí-lo. O equipamento usado — chamado Walking — foi emprestado por uma outra mãe de criança atípica. A ideia era simples: fazer com que Arthur não fosse um espectador, mas parte ativa da festa.

A mãe do menino, Cintia Valéria Ortega, destacou que ver o filho sorrindo em meio aos colegas foi uma cena que jamais vai esquecer. “No dia da festinha, passou um filme desde o nascimento até aquele momento. Ver ele tão feliz, se sentindo igual aos amigos... tudo valeu a pena. Ele ama música e dança, mesmo com as limitações”, contou em entrevista ao G1.

Batalha pela sobrevivência

Arthur nasceu prematuro, com apenas 27 semanas, após Cintia sofrer pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, complicações graves que afetaram o desenvolvimento fetal. Com apenas oito dias de vida, ele sofreu um ferimento causado pela prematuridade que resultou na paralisia cerebral. O bebê passou 163 dias na UTI neonatal, enfrentando uma batalha diária pela sobrevivência.

Arthur gosta de música e é participativo nas aulas. Foi essa disposição que a professora Ellen fez questão de valorizar. “Eu observei que ele tinha muito potencial, muita vontade. Nos ensaios, ele demonstrava muita alegria. Eu queria que ele se sentisse parte da turma”, contou.

Ele também é um ganhador de vários prêmios, incluindo nove prêmios Grammy, dois prêmios American Music Awards e um prêmio Kennedy Center Honors. Instagram @lionelrichie
O artista se tornou um dos artistas mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de discos vendidos em todo o mundo. Instagram @lionelrichie
Com o grupo, ele alcançou grande sucesso na década de 1970, lançando diversos singles e álbuns que alcançaram o topo das paradas musicais. Reprodução/Youtube
Já Lionel Richie começou sua carreira na música na década de 1960, como vocalista e saxofonista da banda The Commodores. Reprodução/Youtube
Seu álbum “Thriller” é o mais vendido de todos os tempos, com mais de 70 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo. O disco rendeu a Jackson oito prêmios Grammy, incluindo Álbum do Ano. divulgação
Apelidado de "Rei do Pop", Michael Jackson é considerado um dos ícones culturais mais importantes e influentes de todos os tempos. Divulgação
Na época do lançamento, o single mais vendido da história até então – 7 millhões de cópias só nos EUA –, tendo arrecadado mais de U$ 60 milhões. Reprodução/Youtube
“We Are The World” foi um sucesso absoluto. A música conquistou 2 prêmios Grammy, incluindo Canção do Ano. Reprodução/Youtube
Lionel Richie começou a escrever a letra em 21 de janeiro de 1985 e a completou no dia seguinte. Michael Jackson acrescentou algumas letras e a música foi finalizada em 23 de janeiro. Instagram @lionelrichie
A música - criada em apenas uma semana - foi gravada em 28 de janeiro de 1985 no estúdio A&M em Los Angeles, Califórnia. Twitter @@bioreconstruct
Em 1985, Michael Jackson e Lionel Richie lideraram um projeto chamado "USA For Africa", que reuniu 46 estrelas da música dos Estados Unidos. Reprodução/Youtube
Outros astros da música como Stevie Wonder (foto), Billy Joel, Diana Ross, Dionne Warwick e Willie Nelson também não foram identificados. Veja curiosidades sobre a música! wikimedia commons Kingkongphoto
Paul Simon, considerado uma lenda do folk norte-americano, foi apontado como “aquele cara da série The Office”. Reprodução/Youtube
Já Lionel Richie, que é co-autor da música, teve seu rosto confundido com o astrofísico Neil deGrasse Tyson. Instagram @lionelrichie e Flickr/Norwegian University of Science and Technology
Os jovens tiveram mais erros do que acertos, mas conseguiram identificar Tina Turner, Bruce Springsteen, Cindy Lauper, Kenny Rogers e Michael Jackson – esse foi identificado logo pela luva. Reprodução/Tik Tok
Os alunos da turma eram da famosa geração Z, ou seja, aqueles que nasceram entre o final dos anos 1990 e o início da década de 2010. Reprodução/Tik Tok
O clipe, que já tem mais de 40 anos, reuniu alguns dos maiores nomes da música mundial da época como parte de uma campanha beneficente para arrecadar fundos contra a fome na África. Reprodução/Youtube
Na ocasião, ela decidiu testar quem iria reconhecer os artistas originais do clipe “We Are The World”, de 1985. Ela tinha dúvidas se os alunos jovens conheceriam os cantores que aparecem no famoso clipe. Reprodução/Youtube
O quanto você é bom em reconhecer celebridades da música? Recentemente, uma professora do ensino médio dos Estados Unidos resolveu testar o conhedimento dos alunos em sala de aula. E o resultado viralizou na internet. MChe Lee Unsplash

Formada em pedagogia e especializada em análise do comportamento, Ellen tem buscado formas de tornar o ensino mais inclusivo. Segundo ela, o papel da escola é garantir que nenhuma criança seja deixada de fora — e isso exige adaptação, planejamento e olhar atento.

“É um direito inegociável. Inclusão não é teoria, é prática diária. É olhar para o outro, reconhecer as possibilidades de cada ser humano, independentemente do laudo. É fazer acontecer, com carinho, respeito e empenho”, reforçou a educadora.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Durante o ano, Ellen já havia desenvolvido jogos sensoriais, dinâmicas em grupo e adaptações pedagógicas específicas para Arthur. Mas ver o menino integrado à quadrilha, batendo palmas e sorrindo ao som do forró, foi especial. “Ele estava brilhando, e isso não tem preço”, ressaltou.

compartilhe