Criminosos imitaram 'La Casa de Papel' ao invadir prédio em São Paulo
Grupo com quatro homens que entraram no prédio, um motorista e o "professor", roubou R$ 2 milhões de empresa, além de objetos pessoais de empregados
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Ao ligar, por vídeo, para um suposto líder chamado de "professor", os criminosos que invadiram um prédio comercial na avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na manhã de terça-feira (7), agiram de forma semelhante aos ladrões da série espanhola "La Casa de Papel".
A informação faz parte do registro do crime em um boletim de ocorrência na 23ª Delegacia de Polícia, em Perdizes, também na zona oeste.
O grupo, formado por quatro homens que invadiram o prédio, um motorista e o "professor", roubou R$ 2 milhões de uma empresa de engenharia, além de objetos pessoais de funcionários que estavam no local.
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Segundo a polícia, os criminosos chegaram ao local em um Renault Sandero branco. Alguns usavam máscaras e um deles vestia terno e tinha peruca. Estavam armados com pistolas e com distintivos no pescoço, para fingir que eram policiais civis.
Eles tinham uma folha com fotos dos funcionários e sócios da empresa e apresentaram as contas bancárias que seriam beneficiadas com transferências de dinheiro, por meio de transações via PIX, realizadas pela sócia do escritório.
As 17 vítimas tiveram os pulsos amarrados, foram trancadas em uma das salas do escritório e receberam ameaças de morte durante uma hora e meia. Também foram obrigadas a guardar o celular. Uma delas teve os cabelos cortados.
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Segundo o boletim de ocorrência, os homens usaram as escadas do prédio para chegar ao escritório e só deixaram o local quando um ex-funcionário, que não conseguiu ser atendido pelo interfone, foi até o local.
Alguns detalhes chamaram especialmente a atenção da polícia. Logo após invadiram o escritório, os criminosos procuraram a funcionária responsável pela gestão financeira, por exemplo.
Além disso, um dos ladrões fez questão de roubar um boné azul, com o logotipo da empresa, que não é comercializado.
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Segundo os policiais, o grupo usou meios violentos para roubar alianças, pulseiras, colares e brincos das vítimas. Levaram também telefone celular, carteira e uma pistola que estava guardada no cofre e pertencia a um dos sócios da empresa.
O caso é investigado pela Polícia Civil.