Um rumoroso caso que faz lembrar o filme nacional “O padre e a moça”, de 1966, movimenta Nova Maringá, município localizado a 380 quilômetros de Cuiabá (MT), mobiliza setores da Igreja Católica e ganha repercussão nas redes sociais. Um vídeo mostra o momento em que o padre Luciano Braga Simplício, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, é flagrado em uma casa paroquial na companhia da noiva de um morador da cidade de cerca de 5,8 mil habitantes.
A Diocese de Diamantino, à qual a paróquia está vinculada, informa que toma medidas canônicas contra o sacerdote. O flagrante ocorreu após uma festa em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, no último domingo (12/10). O noivo e o sogro da mulher foram até a casa paroquial, arrombaram a porta do quarto e do banheiro e a encontraram escondida debaixo de um armário. Ela estava vestindo um baby doll e o padre, apenas uma bermuda, sem camisa, conforme mostram as imagens.
Como justificativa, Luciano Simplício gravou um áudio dizendo que a mulher havia pedido para tomar banho e dormir na casa paroquial após a festa, pois o noivo dela estava viajando. O sacerdote negou qualquer envolvimento com a noiva do paroquiano.
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Em nota, a Diocese de Diamantino (MT) informou que está ciente da notícia que circula em alguns meios de comunicação social acerca da conduta de um de seus presbíteros, Padre Luciano Braga Simplício. “Comunicamos ainda, que, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas. Pedimos a compreensão e a oração de todos.”
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Sanções canônicas
Conforme um especialista ouvido pelo Estado de Minas, o futuro do padre vai depender muito “do discernimento e da prudência” da autoridade eclesiástica – no caso, o bispo da Diocese de Diamantino, dom Dom Vital Chitolina. A decisão pode incluir afastamento da paróquia, suspensão temporária das atividades do padre ou imposição de residência em local determinado pela diocese.
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Ao ser flagrado em intimidade com uma mulher, o acusado, padre Luciano Braga Simplício, violou a obrigação do celibato, que significa ausência de relações sexuais. “Na ordenação (rito sacramental que eleva um diácono ao grau de padre), o presbítero se torna disponível para Deus e a comunidade. Então, precisa ser solteiro, sendo exigido o celibato”, disse o especialista, que prefere não se identificar.
Ele diz ainda que o caso exige muita apuração e cuidado. “Será que houve sedução por parte da mulher, que é noiva de um fiel? Há muitos casos assim. Qualquer decisão vai depender mesmo de comprovação dos fatos”, disse.