O caso do médico e influenciador Gabriel Almeida, investigado pela Polícia Federal por suspeita de vender remédios ilegais para emagrecimento, acendeu um alerta importante. O médico nega as acusações e afirma que sua atuação é legal, mas o episódio destaca a necessidade de cautela. As redes sociais estão repletas de perfis que prometem soluções rápidas para problemas de saúde, mas muitos são fachadas para golpes ou práticas perigosas.
O médico é investigado por suspeita de participação no esquema da LCA Farmacêutica, que atua com o nome fantasia Unikka Pharma e é alvo de uma operação contra a produção e venda irregular de medicamentos à base de tirzepatida, princípio ativo patenteado pela farmacêutica Eli Lilly e presente no remédio Mounjaro.
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Esses golpes exploram o desejo por resultados imediatos, usando uma aparência profissional para ganhar a confiança do público. A alta quantidade de seguidores e o discurso convincente podem levar muitas pessoas a acreditar em promessas que não têm base científica ou regulamentação adequada, colocando a saúde em risco.
Para não se tornar uma vítima, é fundamental adotar uma postura crítica e saber como verificar a veracidade das informações. Existem passos simples que qualquer pessoa pode seguir para se proteger de fraudes e garantir que está recebendo orientação de fontes confiáveis.
Como se proteger de golpes de saúde na internet
Identificar um perfil falso ou um profissional mal-intencionado exige atenção a alguns detalhes. A seguir, veja os principais pontos de checagem antes de seguir uma recomendação de saúde encontrada online.
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Verifique o registro profissional: todo médico precisa ter um registro ativo no Conselho Regional de Medicina (CRM) de seu estado. Essa informação é pública e pode ser consultada nos portais dos conselhos, como o site do Conselho Federal de Medicina (CFM). Se o profissional não divulga o número do seu CRM ou se o registro não é encontrado, desconfie.
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Cuidado com promessas milagrosas: desconfie de qualquer perfil que prometa curas garantidas, emagrecimento rápido sem esforço ou soluções "secretas" que a medicina tradicional supostamente esconde. Tratamentos de saúde legítimos são complexos e individualizados.
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Analise o conteúdo e os comentários: um perfil profissional sério costuma compartilhar conteúdo informativo e equilibrado. Se as publicações focam apenas em vender um produto ou serviço, com depoimentos exagerados e sem espaço para dúvidas, pode ser um sinal de alerta. Verifique também se os comentários parecem autênticos.
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Atenção à venda direta de medicamentos: médicos não vendem medicamentos controlados ou manipulados diretamente por redes sociais. A comercialização de remédios é feita em farmácias, com receita. Ofertas de venda por mensagem direta são ilegais e perigosas.
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Cheque a regulamentação de produtos: qualquer suplemento ou medicamento vendido no Brasil precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Consulte o site da agência para verificar se o produto oferecido é regularizado. Produtos sem registro podem conter substâncias nocivas.
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É importante lembrar que investigações podem ser complexas e é prudente aguardar as conclusões oficiais antes de formar um julgamento definitivo sobre qualquer caso. As dicas apresentadas aqui são ferramentas preventivas e valem para qualquer situação, ajudando a navegar com mais segurança pelo universo da saúde online.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
*Estagiária sob supervisão do editor João Renato Faria
