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"Caça-like" não é quem está nas redes – é quem não entrega nada fora delas

O uso responsável exige propósito, transparência e ação concreta por trás da postagem

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Marcela Trópia (Novo), vereadora de Belo Horizonte - Nos últimos anos, o debate sobre a presença de políticos nas redes sociais tem ganhado espaço na imprensa e na opinião pública. Mas esse debate muitas vezes começa pelo viés errado: a crítica recai sobre quem comunica bastante nas redes – e não sobre o conteúdo do que se comunica ou, mais ainda, a coerência entre a comunicação e a entrega real do mandato.

É preciso dizer com clareza: usar bem as redes sociais nunca foi um problema. O problema é quando elas são usadas como único palco, sem propósito, sem substância, sem vínculo com a realidade da população. Esse, sim, é o verdadeiro perfil do “caça-like”: aquele que publica para gerar engajamento, mas não age para transformar a cidade.

Ser presente nas redes, dialogar com quem acompanha o mandato, explicar votações, mostrar fiscalizações e prestar contas não é futilidade – é parte fundamental de um mandato transparente e conectado com a sociedade. Hoje, a população quer (e deve) saber como cada vereador está representando seu voto. Redes sociais são espaços legítimos de construção política.

Mas o uso responsável exige propósito, transparência e ação concreta por trás da postagem. A crítica que precisa ser feita não é à frequência com que alguém publica, mas sim à distância entre o que se publica e o que se entrega.

No meu mandato, por exemplo, o trabalho legislativo é amplo: 19 visitas técnicas realizadas só neste ano, mais de 230 demandas encaminhadas à prefeitura, 62 pedidos de informação formalizados, além da atuação constante em comissões e defesa de políticas públicas mais inovadoras, eficientes e de combate à burocracia. Posto sobre tudo isso não por vaidade, mas porque cada cidadão que nos cobrou dessas situações tem o direito de saber o que estamos fazendo com o mandato.

A atuação da Frente Parlamentar Voz de BH é um exemplo de como transformar diálogo em ação. Formada por nove vereadores, a Frente já apresentou um projeto de lei concreto: o Marco Regulatório da Educação Inclusiva, que busca garantir a inclusão plena de alunos com deficiência, autismo e altas habilidades nas escolas de Belo Horizonte. Essa proposta é fruto de escuta ativa com a população e demonstra que é possível usar o mandato para construir soluções reais e coletivas.

Foi justamente esse desejo de uma agenda concreta para BH que motivou a criação da Frente Parlamentar Voz de BH, formada por enquanto por nove vereadores com atuação diversa e compromisso comum: devolver aos debates da Câmara Municipal o que deveria ser central, o cuidado com Belo Horizonte e seus problemas. Como temos dito, a população está cansada de projetos “caça-like” que só servem para gerar barulho. A cidade está suja, com trânsito caótico, filas nos postos e insegurança. O cidadão quer solução, não espetáculo.

A presença nas redes não pode ser sinônimo de superficialidade. O que revela a seriedade de um mandato é a capacidade de transformar resultado em engajamento, conexão em política pública, comunicação em confiança e credibilidade. Afinal, quem se comunica com propósito fortalece a democracia. E esse é o nosso objetivo.

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