'O MUNDO MUDOU'

Presidente de Tribunal Militar diz que a esquerda 'quer um Brasil melhor'

"Nós vivemos outros tempos, o mundo mudou, não há mais divisão [entre capitalismo e comunismo]. Não existe no Brasil essa ideia de comunismo, o comunismo acabou"

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O presidente do STM (Superior Tribunal Militar), ministro Francisco Joseli Camelo, negou que exista comunismo no Brasil e disse que a esquerda "quer o melhor" para o país.

Camelo disse que as pessoas confundem ser de esquerda com ser comunista. "Nós vivemos outros tempos, o mundo mudou, não há mais divisão [entre capitalismo e comunismo]. Não existe no Brasil essa ideia de comunismo, o comunismo acabou. O presidente Lula é um sindicalista, não vejo o presidente jamais como um comunista, porque as pessoas têm mania de pensar que ser de esquerda é ser comunista", declarou em entrevista à BandNews TV.

Francisco afirmou que a esquerda busca melhorias para o país, como uma sociedade mais igualitária. "Ser de esquerda é realmente querer um Brasil melhor, mais solidário, mais próximo, que pense no mais pobre. É tudo isso que a esquerda pensa. Então ser de esquerda não é ser comunista. E o comunismo para mim não existe no Brasil".

O presidente do STM ressaltou, porém, que não tem preferência política, porque os militares "não têm partido". "Não somos nem de esquerda, nem de direita. Nós queremos o melhor para o Brasil. Nós queremos a sociedade brasileira viva, feliz como sempre foi. Queremos que a pacificação volte ao nosso país".

GOLPE DE 1964

Francisco Joseli Camelo também comentou os 60 anos do golpe militar que instituiu o período de ditadura no país. Ele se referiu ao fato como uma "revolução necessária naquele momento". Entretanto, o presidente do STM admitiu que "foram cometidos erros" pelos militares que tomaram o país.

Para Camelo, "os militares não devem ter constrangimento com 1964, mas também não há o que comemorar". "Aquilo aconteceu e a gente não quer que aquilo volte a acontecer. A sociedade brasileira não aceita uma ruptura democrática, temos que trabalhar pela democracia".

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