O pastor Anderson Silva, que ganhou notoriedade ao afirmar em um podcast, em 2023, que pediu orações para Deus “quebrar a mandíbula” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está sendo alvo denúncias por má gestão e falta de transparência.
Dezoito pastores renunciaram coletivamente aos cargos ligados ao projeto “Machonaria”, em Samambaia Sul (DF) e o acusam de desviar R$ 500 mil. As informações são do Diário do Centro do Mundo.
Ex-integrantes acusam o líder religioso de centralizar todas as decisões da entidade, inclusive o controle das contas bancárias. Mesmo com uma arrecadação superior a R$ 626 mil em 2023, salários, férias e contas básicas estavam atrasados, segundo os relatos. Parte dos projetos sociais foi suspensa.
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Diante da negativa de Anderson em participar de reuniões para esclarecimentos, os pastores decidiram se desligar da organização em maio deste ano. O pastor já havia sido afastado da administração de outra igreja que havia fundado.
O projeto “Machonaria” é vendido como uma “plataforma para resgate da masculinidade bíblica”. De acordo com o site oficial, a Machonaria é uma confraria nacional de homem que também tem o objetivo de resgatar a "hombridade segundo os ensinamentos de Jesus Cristo”. O site do pastor anuncia o grupo com a seguinte frase: “Lágrimas, Honra, Adoração e Testosterona! Seja Membro do Machonaria”.
Anderson Silva ganhou notoriedade ao aparecer ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e dizer que evangélicos deveriam pedir a Deus para quebrar mandíbula do presidente Lula. A declaração do religioso foi feita em seu podcast, transmitido no YouTube.
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"Falta essas orações imprecatórias dos salmistas. Senhor mata-me os inimigos, quebra os dentes dos meus inimigos. Falta a gente orar assim: "Senhor arrebenta a mandíbula do Lula. Senhor, prostra enfermos os ministros do STF, para que eles te conheçam no leito da enfermidade". Parece que a gente não tá crendo mais", disseà época.
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À época, o então ministro da Justiça, Flávio Dino, chegou a dizer que acionaria a Polícia Federal para investigar a falar do pastor.