AVALIAÇÃO POPULAR

Damião tem avaliação positiva de 42%; Zema e Lula são mais rejeitados

Pesquisa Opus/Estado de Minas mostra que avaliação do atual prefeito é positiva, enquanto governador e presidente têm gestões com maior índice de rejeição

Publicidade
Carregando...

Na última semana, Álvaro Damião (União Brasil) completou três meses à frente da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) como titular do cargo. O saldo inicial do prefeito é positivo, com 42% da população da capital mineira qualificando seu trabalho como bom ou ótimo de acordo com pesquisa realizada pela Opus Consultoria & Pesquisa entre os dias 1º e 3 de julho a pedido do Estado de Minas.

O mesmo levantamento mostra que o cenário é diferente na percepção do belo-horizontino sobre o governador Romeu Zema (Novo) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tiveram a maior parte das respostas se dividindo entre quem qualifica seus trabalhos como ruim ou péssimo.

De acordo com o levantamento da Opus, Álvaro Damião tem sua gestão avaliada como ótima por 3% dos belo horizontinos; 22% consideram o trabalho bom; 17% como regular positivo; 9% como regular negativo; 5% como ruim; 11% como péssimo; e 34% não souberam opinar ou não quiseram responder. Somando todas as respostas com viés de aprovação, chega-se a 42% de sentimento geral positivo. Por outro lado, há 24% de sentimento geral negativo.

Os dados da pesquisa foram obtidos a partir de 500 entrevistas realizadas presencialmente nas nove regionais da cidade de Belo Horizonte. A margem de erro é de 4,5 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.

O trabalho de Romeu Zema, na visão dos belo-horizontinos, foi avaliado como ótimo por 5% dos entrevistados; como bom por 23%; como regular positivo por 18%; como regular negativo por 12%; como ruim por 7%; e como péssimo por 28%.

Não souberam ou não responderam 7% dos participantes do levantamento. Na soma das avaliações de aprovação, há 46% de sentimento geral positivo ante 47% de uma percepção negativa acerca da gestão do governador mineiro.

Já Lula amarga os piores números da pesquisa. Em BH, o presidente da República tem 9% dos residentes considerando seu governo ótimo; 15% bom; 11% regular positivo; 11% regular negativo; 10% ruim; e 40% péssimo; 4% não responderam à pergunta. De uma forma geral, o sentimento positivo em relação ao petista é de 36% dos entrevistados e o negativo, de 60%.

DAMIÃO LARGA COM POPULARIDADE

Se considerados apenas os entrevistados que emitiram alguma opinião sobre a gestão de Damião na PBH, 37% avaliam o trabalho como ótimo ou bom, 40% como regular e 23% como ruim ou péssimo. 

Mesmo que 34% dos belo-horizontinos não saibam opinar sobre o mandato do atual prefeito, o percentual é relativamente baixo quando comparado com levantamentos recentes. Fuad Noman assumiu a prefeitura de Belo Horizonte em março de 2022, quando o então mandatário Alexandre Kalil deixou o posto para concorrer ao governo estadual.

Quase um ano depois, em janeiro de 2023, levantamento feito pela Opus e publicado pelo EM mostrou que 87% dos belo-horizontinos não sabiam quem era o prefeito. Fuad faleceu no fim de março e, com apenas três meses no cargo de forma efetiva, Damião já é conhecido por mais da metade da cidade. Além do passado do político como radialista, o diretor do Opus, Matheus Dias, avalia que pesa a favor do chefe do Executivo da capital mineira a proximidade com as eleições no ano passado e o apelo midiático gerado pela viagem turbulenta a Israel no mês passado.

“Damião ficou muito em evidência por causa da viagem que ele fez e os problemas que teve para retornar. A cidade e a mídia discutiram muito isso, o que acaba catapultando a popularidade dele. Outro ponto é a proximidade que estamos das eleições. O Fuad assumiu 2 anos e meio após as eleições e Damião assumiu logo no começo e em um momento em que a cidade discutia muito a situação de saúde de Fuad Noman”, argumenta o pesquisador.

DESAFIO PARA LULA

As pesquisas de popularidade de uma forma geral mostram que Lula vive um momento complicado nacionalmente. Ele amarga os piores números de aprovação em três mandatos como presidente e o cenário é ainda pior em BH. Com 60% de avaliações com viés negativo, sendo 40% considerando o governo federal como péssimo, o petista esbarra em pontos específicos nos grandes centros urbanos, como avalia o diretor do instituto Opus.

Belo Horizonte tem uma parcela grande de trabalhadores informais como motoristas de aplicativo e entregadores, grupos bastante críticos ao governo Lula pela tentativa de regulação feita no início do mandato e vista como uma interferência indevida pela categoria. Logo depois veio a crise do PIX. Percebemos também que em BH temos um contingente alto de evangélicos. Nossa pesquisa mostra que são 31% da população. E esse é um segmento do eleitorado que historicamente não é tão ligado ao PT e a governos de esquerda”, aponta Dias.

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay