Motta e Alcolumbre defendem que resposta do Brasil seja por negociação
Líderes do Legislativo defenderam uma resposta por meio da Lei de Reciprocidade Econômica à sobretaxa norte-americana de 50% aos produtos brasileiros
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Siga noOs presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) defenderam, por meio de nota conjunta, que a resposta do Brasil a decisão do presidente Donald Trump de taxar em 50% os produtos brasileiros que entram no país, sejam pela negociação e por via comercial.
“O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica”, destacou a nota.
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A Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada no primeiro semestre deste ano, com amplo apoio da oposição, já foi mencionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como meio de retaliação à decisão unilateral do governo americano.
O texto autoriza que o governo restrinja importações de bens e serviços ou suspenda concessões comerciais, financeiras ou investimento prejudiciais ao Brasil. Contudo, as medidas a serem aplicadas devem passar por aprovação do Legislativo.
Trump enviou a Lula uma carta justificando a taxação como resposta aos processos enfrentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por um suposto 'desbalanço' comercial entre os países e as decisões judiciais que afetam as big techs americanas.
Na noite de quarta-feira (9/7), Lula chegou a responder afirmando que o sistema judicial brasileiro é soberano e independente, e que não será "tutelado por ninguém".
Leia a nota na íntegra
"A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial.
O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania.
Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros".
Fonte: Agência Câmara de Notícias