Após PGR pedir pena a Bolsonaro, Cleitinho cobra impeachment de Moraes
Aliado de Bolsonaro, Cleitinho criticou o Senado por, segundo ele, não enfrentar o Supremo Tribunal Federal
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Siga noO senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) usou as redes sociais, nesta terça-feira (15/7), para cobrar que o Senado abra um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A manifestação ocorreu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviar ao STF pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados próximos.
Aliado de Bolsonaro, Cleitinho se posicionou contra o andamento da ação e responsabilizou o Congresso por não enfrentar decisões do Supremo. Em publicação, o parlamentar mineiro disparou: “Quê que vocês acham que o STF vai fazer? Vai mandar prender o Bolsonaro. A culpa é dos senadores, do Senado, que sempre ficou de joelhos para o STF”.
Cleitinho também pediu que seus seguidores cobrem os parlamentares em que votaram para que ingressem com pedidos formais de afastamento de Moraes. A PGR pede que Bolsonaro seja condenado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, além de sete aliados do ex-presidente.
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Pedido da PGR
O pedido da PGR integra a peça enviada ao STF na noite de ontem, na qual Gonet defende a condenação de Bolsonaro - apontado como líder na trama golpista - e outros sete aliados, o "núcleo 1": Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. A manifestação também solicita a fixação de um valor mínimo para reparação dos danos causados. Essa é a última etapa antes do julgamento pela Primeira Turma da Corte.
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"O grupo, liderado por JAIR MESSIAS BOLSONARO e composto por figuras-chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas, com a finalidade de prejudicar a alternância legítima de poder nas eleições de 2022 e minar o livre exercício dos demais poderes constitucionais, especialmente do Poder Judiciário", diz o PGR na manifestação.
Eles são acusados de crimes como organização criminosa, tentativa de golpe de Estado, dano ao patrimônio público e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As investigações foram baseadas na delação de Mauro Cid, em documentos, testemunhos e registros digitais coletados pela Polícia Federal e analisados pela PGR.