EUA X BRASIL

Silêncio sobre Trump vira pressão para Nikolas

Deputado é cobrado a se posicionar sobre investigação dos EUA contra o Pix, após ter viralizado com vídeo que acusava o governo Lula de tentar taxar o sistema

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) vem sendo pressionado por apoiadores e críticos nas redes sociais desde que o governo dos Estados Unidos, sob comando de Donald Trump, incluiu o pix em uma investigação oficial por práticas comerciais desleais do Brasil.

A cobrança gira em torno do silêncio do parlamentar diante da nova ofensiva. Em fevereiro deste ano, Nikolas viralizou com um vídeo em que denunciava uma suposta tentativa do governo Lula de taxar o Pix, informação que foi desmentida oficialmente por autoridades, mas alcançou milhões de visualizações.

Agora, internautas cobram o mesmo engajamento diante da menção ao Pix em um relatório do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR). Entre as postagens mais compartilhadas estão: “Cadê o vídeo agora que é o Trump contra o Pix?”; “Faz igual fez quando falou do Banco Central, Nikolas!” e “Se fosse o Lula, já tinha vídeo com gráfico e musiquinha dramática!”.

Até às 9h da manhã desta quarta-feira (16), o parlamentar ainda não havia se manifestado publicamente sobre o tema.

Além da repercussão econômica, a mobilização nas redes foi usada por ativistas ambientais para impulsionar a oposição ao projeto de lei PL 2159/21, conhecido como “PL da Devastação”. Críticos do texto aproveitaram o engajamento em torno do Pix para ampliar o alcance da campanha contra a proposta, que trata da flexibilização do licenciamento ambiental e está na pauta da Câmara dos Deputados.

Investigação dos EUA mira Pix e exportações

A crise teve início com a publicação, pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), de um relatório que acusa o Brasil de práticas comerciais “desleais”. O documento menciona diretamente o Pix, sistema de pagamento gratuito criado pelo Banco Central e utilizado por mais de 150 milhões de pessoas no país. “O Brasil parece adotar uma série de práticas desleais com relação aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a concessão de vantagens aos seus serviços desenvolvidos pelo governo”, diz o texto.

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A investigação foi aberta sob a chamada Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, um dispositivo legal utilizado em disputas internacionais, e ocorre poucos dias após o governo Trump anunciar um tarifaço de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados aos EUA.

Além do Pix, o relatório também faz menções críticas a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), à movimentação comercial da Rua 25 de Março e a acordos internacionais firmados com países como Índia e México.

governo brasileiro informou que pretende recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e aplicar medidas com base na Lei da Reciprocidade. O Ministério das Relações Exteriores acompanha o caso.

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