TARIFAÇO

Haddad: Bolsonaro foi o presidente mais subserviente da história do Brasil

Ministro da Fazenda ressaltou que governo brasileiro está aberto ao diálogo com os Estados Unidos para resolver 'tarifaço', mas com devido respeito à soberania

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (29/7) que Jair Bolsonaro (PL) foi "o presidente mais subserviente da história do Brasil". A declaração foi dada durante conversa com jornalistas, ao comentar a atual tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, diante da expectativa da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano.

Segundo Haddad, a posição do governo Lula (PT) diante das negociações com os Estados Unidos é de abertura e disposição para o diálogo, mas com o devido respeito à soberania nacional. "A gente tem que entender que o Brasil é grande e isso não é arrogância. É uma questão protocolar para que o país se coloque dignamente à mesa e dialogue com um parceiro de 200 anos", afirmou.

Para o ministro, é necessário evitar posturas que remetam a uma relação de "subordinação" entre os países. "Quando dois chefes de Estado vão conversar tem que haver uma preparação para que os dois povos se sintam valorizados à mesa de negociação. Não haja um sentimento de 'viralatismo'. Preparar isso é respeito ao povo brasileiro", disse o ministro, no momento em que comparou as condutas do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

"Às vezes eu vejo pressão da oposição: 'Vai lá, sai correndo atrás'. O Bolsonaro tinha um estilo muito subserviente. Isso não está à altura do Brasil. [Bolsonaro] Foi o presidente mais subserviente da história do Brasil. Tem que virar um pouquinho a página da subserviência e com muita humildade se colocar a mesa, mas respeitando os valores do nosso país", completou.

Em declarações recentes, o ex-presidente Jair Bolsonaro ressaltou que é "apaixonado por Trump", "pelo povo americano", "pela política americana" e "pelo país que é os Estados Unidos". "Nunca neguei isso. O Trump sempre soube disso. Ele me tratava como um irmão", disse.

Negociações

Na mesma entrevista, o ministro reconheceu que há pouco tempo até 1º de agosto, data marcada para o início das medidas estadunidenses, mas destacou que essa não é uma "data fatídica" e que o Brasil continuará insistindo no diálogo. "É uma data que pode ser alterada por eles, que pode pode entrar em vigor e nós sentarmos e rapidamente concluímos uma negociação", pontuou.

Haddad mencionou ainda esforços do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para manter abertos os canais diplomáticos com os EUA. 

Tensão comercial

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início de julho a decisão de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para o país norte-americano. Ele justifica a decisão pelo tratamento dado pelo governo brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro e por considerar a relação comercial entre os dois países "desequilibrada".

Em resposta a Trump, Lula assinou o decreto da Lei da Reciprocidade, que estabelece critérios de proporcionalidade para medidas de resposta a barreiras impostas a produtos e interesses nacionais.

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Pela nova norma, o Brasil poderá aplicar a cidadãos e governos estrangeiros o mesmo tratamento que receber do exterior, abrangendo questões comerciais, concessão de vistos, relações econômicas e diplomáticas.

O governo dos Estados Unidos também abriu uma investigação comercial contra o Brasil. A apuração vai avaliar atos, políticas ou práticas do governo brasileiro relacionados a comércio digital e pagamentos eletrônicos, temas relacionados diretamente às gigantes de tecnologia dos EUA.

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