Visitas ao apartamento ajudaram PF a localizar Carla Zambelli na Itália
Apesar de o advogado de Zambelli afirmar que a deputada se entregou voluntariamente em sinal de colaboração com as autoridades, a versão é negada pela PF
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Siga noAs visitas de parentes e outros brasileiros ao apartamento onde Carla Zambelli se escondia em Roma, na Itália, ajudaram a Polícia Federal (PF) a localizar e prender a deputada federal na tarde desta terça-feira (29/7). A prisão foi feita pelas autoridades italianas, com base em informações repassadas por policiais federais destacados na Europa.
Zambelli, que estava foragida desde a inclusão do nome dela na lista de procurados da Interpol, em junho, foi localizada em um prédio residencial no bairro de Aurélio, na capital italiana. Desde que chegou ao país europeu, ela passou por outros endereços antes de se fixar no local onde foi detida. O mandado de prisão foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e a parlamentar será submetida ao processo de extradição.
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A atuação da PF ocorreu por meio da Audiência Policial em Roma, em cooperação com autoridades italianas e a Interpol. Após a prisão, Zambelli foi encaminhada à Divisão de Capturas do Setor de Cooperação Internacional da polícia italiana, ligada ao Ministério do Interior e parceira da Interpol.
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Segundo policiais italianos, a deputada não ofereceu resistência no momento da abordagem e se mostrou tranquila. Apesar de o advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, afirmar que ela se entregou voluntariamente em sinal de colaboração com as autoridades, a versão é negada pela PF.
A prisão foi antecipada por uma publicação do deputado italiano Angelo Bonelli nas redes sociais. "Carla Zambelli está em uma casa em Roma. Dei o endereço à polícia, e a polícia já identificou Zambelli", escreveu ele no X (antigo Twitter), às 16h45 (horário local).
Zambelli teve a condenação mantida pela 1ª Turma do STF, o que reforçou os fundamentos do mandado de prisão que deu origem à difusão vermelha da Interpol.