A presidência nacional do PT informou que a escolha do novo comando da legenda em Minas Gerais será realizada no próximo dia 13.
As eleições do diretório do partido no estado estavam previstas para acontecer no domingo passado (6/7), mesma data da realização do processo de escolha nacional dos dirigentes da legenda em todos os estados e municípios.
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No entanto, uma disputa jurídica envolvendo as duas principais candidatas à presidência do partido em Minas Gerais, a deputada estadual Leninha, vice-presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e a federal Dandara Tonantizim, que exerce seu primeiro mandato na Câmara, acabou provocando o adiamento das eleições pelo comando nacional.
Dandara teve sua candidatura indeferida pelo partido devido ao não pagamento, até a data estabelecida no estatuto do partido, da contribuição devida pelos parlamentares.
Alegando perseguição, ela recorreu à Justiça afirmando que pagou a contribuição por meio de um boleto, mas, por um erro bancário, o valor não foi compensado. Diante desse argumento, a primeira instância da da Justiça no Distrito Federal acatou o argumento e determinou, na véspera do pleito, a inclusão do nome de Dandara na cédula da votação, que acabou não acontecendo. A decisão, no entanto, foi cassada nesta segunda (7/7).
De acordo com a nota do comando nacional, a decisão da Justiça “ratifica o entendimento manifestado pelas instâncias internas do partido ao definir que a inclusão tardia da candidata, nessas condições, revela-se temerária e fere o princípio da isonomia, prejudicando os demais pré-candidatos que eventualmente foram impedidos de concorrer pelo mesmo motivo”.
A nota diz que a decisão reconhece que a deputada “não efetuou o pagamento das contribuições financeiras devidas até o dia 29 de maio, prazo ostensivamente destacado no calendário do regulamento”. “O pagamento realizado na data posterior compromete a organização financeira do partido, elemento essencial para a gestão partidária e não têm o condão de superar a sua desobediência ao regulamento”, diz ainda a nota.
O PT nacional afirma também que a Justiça do Distrito Federal refutou a alegação da deputada de que o pagamento fora do prazo teria ocorrido por falha bancária. De acordo com a sentença, destacada pelo PT nacional em nota enviada à imprensa e filiados, “não há prova mínima que sustente a alegação de falha interna da instituição financeira na realização do pagamento devido”.
O problema, de acordo com a sentença, foi falta de saldo suficiente para pagar as mensalidades devidas, calculas em cerca de R$ 130 mil.
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A polêmica entre as duas candidatas tem como pano de fundo a disputa pelo comando do partido no estado capitaneada por dois deputados federais, Rogério Correia e Reginaldo Lopes, e também pela secretária de Finanças do PT nacional, a mineira Gleide Andrade, que, apesar de estarem na mesma legenda, são adversários políticos. Dandara era apoiada por Reginaldo Lopes, e Leninha, por Correia e Gleide.