O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se manifestou sobre o tarifaço promovido pelo presidente norte-americano Donald Trump ao Brasil. O parlamentar mineiro disse que o país não pode se intimidar e aceitar a subserviência diante do anúncio de sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros anunciada na quarta-feira (9/7) com início da vigência marcado para agosto.
Em nota, Pacheco destacou que a medida impacta a indústria mineira, que será atingida pela sobretaxa, e que trabalhar pela preservação das empresas e trabalhadores é “o único caminho” neste momento.
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“O momento requer de todos nós a defesa firme da economia nacional e, no caso específico de Minas Gerais, dos setores atingidos, a partir do diálogo, da diplomacia e até de um programa de estado que possa preservar os interesses das nossas empresas e dos nossos trabalhadores. Esse é o único caminho. Não podemos nos calar e nem aceitar subserviência diante de medidas intimidatórias que colocam em risco a soberania e os empregos dos brasileiros”, afirmou Pacheco.
Com a declaração, Pacheco se junta às lideranças nacionais em favor da soberania brasileira ante a tentativa de interferência política, econômica e judicial dos Estados Unidos. No cenário mineiro, ele faz um contraponto a lideranças alinhadas ao bolsonarismo, como o deputado Nikolas Ferreira (PL), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o governador Romeu Zema (Novo), que aproveitaram o tarifaço para criticar Lula.
No fim da tarde de quarta-feira, Trump divulgou uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciando que todas as importações brasileiras receberão uma taxa de 50% além das tarifas já existentes para o mercado dos Estados Unidos. O americano começou o documento citando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, em tom de exigência, demandou o fim imediato das investigações contra o aliado brasileiro.
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Trump ainda afirmou que a sobretaxa tem como objetivo corrigir disparidades nas relações econômicas entre os países. Apesar da argumentação do presidente americano, a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos é amplamente desfavorável à nação sul-americana desde 2009.