O vice-governador de Minas, Mateus Simões (Novo), voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e atacar o judiciário nesta sexta-feira (18/7). Simões disparou contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pela operação da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro e a colocação de tornozeleira no ex-presidente. Para ele, é um "sombrio capítulo" do Judiciário brasileiro.
"A perseguição política chega hoje a um novo absurdo. A proibição a Jair Bolsonaro de falar com o próprio filho e a censura a suas redes sociais é um novo e sombrio capítulo para o sistema judicial brasileiro. Minha solidariedade a toda sua familia. Seguimos na luta para que a Justiça e a Liberdade voltem a prevalecer no Brasil", publicou em suas redes sociais.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Mateus Simões | Vice Governador de Minas Gerais (@mateus.simoesmg)
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Na manhã desta sexta-feira, em entrevista coletiva na Cidade Administrativa, o vice-governador defendeu Bolsonaro e disse que está "preocupado" com a "garantia da liberdade de expressão" e com uma "decisão justa" do Judiciário.
Simões, que busca unificar a direita e a extrema direita em torno de uma possível candidatura sua ao governo de Minas Gerais, recepcionou o ex-presidente em sua recente agenda em Belo Horizonte no mês passado e vem costurando com nomes bolsonaristas que tenham pretensões de concorrer ao cargo máximo do Executivo estadual para que abram mão da disputa e o apoiem nas eleições de 2026.
Bolsonaro foi alvo de uma busca e apreensão, onde foram encontrados mais de US$ 14 mil, R$ 8 mil e um pendrive escondido no banheiro, ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A medida é baseada na suspeita de cometimento de três crimes pelo ex-presidente, o de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataques à soberania nacional, já que vem articulando com líderes estrangeiros punição ao Brasil, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao próprio ministro da Suprema Corte.
Além do uso de tornozeleira e outras medidas, Moraes determinou que Bolsonaro não se comunique com embaixadores e diplomatas estrangeiros, já que, em mais de uma oportunidade, não descartou a possibilidade de se refugiar numa embaixada para pedir asilo.
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No carnaval de 2024, temeroso de que sua prisão pudesse ser decretada, o ex-presidente passou alguns dias em um quarto na embaixada da Hungria; já em novembro daquele ano, ele afirmou que era vítima de perseguição e não descartou a possibilidade de se refugiar caso tivesse a prisão decretada.