O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou neste sábado (19/7) em solidariedade aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, após a decisão do governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, de revogar os vistos de entrada dessas autoridades brasileiras e de seus familiares. A decisão do governo americano foi uma retaliação à operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica, entre outras medidas cautelares.

O secretário de Estado americano Marco Rubio  afirmou que o governo Trump "não permitirá que estrangeiros responsáveis por censurar a liberdade de expressão nos Estados Unidos circulem livremente em solo americano".

Em um post nas redes sociais, Lula classificou a medida como “arbitrária e sem fundamento”, e afirmou que a interferência de um país estrangeiro no funcionamento do sistema de Justiça de outro representa uma grave violação da soberania nacional. “Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos”, declarou o presidente.

Para Lula, atitudes como essa ferem os princípios básicos do respeito entre as nações e tentam constranger o funcionamento independente das instituições democráticas. “A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações”, afirmou.

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O presidente também reforçou a confiança dele na integridade do sistema democrático brasileiro e defendeu que nenhuma tentativa de intimidação deve abalar o compromisso das instituições com o Estado de Direito. “Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito”, escreveu.

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A declaração de Lula se soma à de outras autoridades brasileiras, como o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que também repudiaram a decisão do governo norte-americano.

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