O deputado federal Eduardo Bolsonaro e o influenciador bolsonarista Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Batista Figueiredo, confirmaram nesta segunda-feira (21/7) que atuaram em prol da aplicação de sanções ao Brasil, mas alegaram que a decisão cabe exclusivamente ao presidente americano Donald Trump.

Ambos afirmaram que a aplicação de 50% sobre os produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos é uma atitude correta do americano e que as pessoas devem se sacrificar por sua "liberdade".

"Estou 100% convencido de que as tarifas foram o movimento correto para o Brasil. O presidente Trump agiu corretamente e sou muito grato a ele. A liberdade de expressão do entregador de iFood se sobrepõe ao emprego dele; se ele não tiver liberdade, daqui a pouco não vai ter emprego", afirmou Paulo Figueiredo durante o podcast Inteligência Ltda.

A afirmação foi corroborada pelo deputado Bolsonaro. Ele chegou a alegar que, apesar de terem discutido o tema com o governo americano, não esperava que Trump decretasse as sanções de forma imediata.

Desde o início do ano, Eduardo Bolsonaro passou a residir nos Estados Unidos, onde se reuniu com membros do governo local com o intuito de aplicar sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Brasil.

Na carta endereçada ao presidente Lula, Trump cita o julgamento de Bolsonaro como um dos argumentos para que tarifas fossem aplicadas ao Brasil.

Apesar das declarações e das celebrações por sua atuação junto ao governo americano, mais cedo, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) ironizou quem acredita que o "filho 03" do ex-presidente atuou pela aplicação das sanções ao Brasil.

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Desde que o anúncio foi feito e desagradou diversos empresários que exportam para os Estados Unidos — muitos deles apoiadores de Jair Bolsonaro —, os bolsonaristas vêm apresentando versões desencontradas sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro em defesa das tarifas.

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