COMÉRCIO INTERNACIONAL

Zema chama de "ideia de jerico" proposta de Lula para substituir o dólar

Pré-candidato à Presidência, governador de Minas Gerais voltou a criticar o alinhamento do Brasil com o Brics

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O governador Romeu Zema (Novo), pré-candidato à Presidência da República, disse que a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de criar uma moeda alternativa ao dólar para o comércio é “ideia de jerico”. Em uma publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (4/8), ele também voltou a criticar o Brics - bloco político formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, e outros seis países.

“Por que o presidente insiste nessa ideia de jerico? Ninguém é obrigado a usar moeda nenhuma. Os países negociam em dólar porque é forte e amplamente aceito. O Brasil não tem nada que defender moeda comum do Brics. O Brasil tem que sair do Brics”, disse.

Zema ainda publicou um vídeo do encontro nacional do PT, no qual Lula disse que não vai abrir mão de construir uma moeda alternativa para o comércio bilateral. “Eu não preciso ficar subordinado ao dólar”, disse.

A criação de uma moeda comum no Brics é uma crítica recorrente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a comparar a substituição do dólar americano com “perder uma guerra mundial”. Apesar da defesa de Lula, o bloco ainda discute a viabilidade da medida como uma forma de ter mais autonomia em relação à moeda dos EUA.

Nas últimas semanas, Zema adotou as críticas de Trump ao bloco e passou a defender a saída do Brasil do grupo. O governador mineiro, inclusive, atribuiu a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre as importações brasileiras ao “alinhamento errático” do Brasil com nações consideradas adversárias dos americanos.

Segundo Zema, o Brasil não tem benefícios ao fazer parte do Brics, e acredita que o país não tem relações culturais ou geográficas com os demais países. Em artigo para a Folha de São Paulo, ele ainda afirmou que o grupo é um “bloco recheado de ditaduras”.

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Apesar da crítica, especialistas acreditam que uma saída do Brasil é altamente improvável. Em entrevista ao Estado de Minas, o cientista político Leonardo Paz, analista da Fundação Getúlio Vargas e professor de Relações Internacionais da faculdade Ibmec, lembrou que os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram a oportunidade de sair do Brics, mas não o fizeram.

“Me chama atenção que o Brics talvez seja a única associação internacional que algumas dezenas de países aplicam para entrar, e tem alguém dizendo que a gente tem que sair porque o Trump quer? Só por esse fato não deveria fazer sentido”, disse.

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