Presidente do PL reage à prisão de Bolsonaro: "Estou inconformado!"
O ministro Alexandre de Moraes argumentou que os vídeos de Bolsonaro durante as manifestações descumpriram as medidas cautelares
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Siga noO presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, emitiu uma nota de reprovação à decisão de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (4/8).
"ESTOU INCONFORMADO!!!!! O QUE MAIS POSSO DIZER?", enviou a assessoria de imprensa, com todas as letras em caixa alta e múltiplos sinais de pontuação.
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Valdemar, que foi proibido de manter contato com Bolsonaro até março deste ano durante investigação por tentativa de golpe de Estado, é um dos principais aliados do ex-presidente.
A decisão de Moraes foi justificada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas durante a investigação sobre o financiamento da estadia do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde o início do ano buscando sanções do governo estrangeiro contra o próprio ministro, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra o Brasil.
Entre as medidas determinadas pela Suprema Corte está a proibição do uso de redes sociais, inclusive por meio dos perfis de terceiros. O entendimento do ministro é que as filmagens e as chamadas de vídeo feitas com apoiadores, publicadas nas redes sociais, descumpriram a ordem.
O documento desta segunda determina que Bolsonaro não pode sair de casa, podendo manter contato, sem autorização da Justiça, apenas com os outros moradores da residência — no caso, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e a filha Laura Bolsonaro — além dos advogados que acompanham seu caso.
O uso de meios de comunicação com outros apoiadores está vetado; assim, ele não pode usar celular. Toda visita deve ser autorizada previamente pela Justiça.
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As medidas se somam às de proibição de se aproximar de embaixadas e representações estrangeiras, além de contato com embaixadores e representantes de outros países no Brasil; e de manter contato com outros investigados, como no caso do filho Eduardo.