CONGRESSO

Nikolas critica decisão de Moraes sobre Bolsonaro e fala em "escândalo"

Deputado afirma que prisão de Bolsonaro busca desviar atenção das denúncias contra ministro e aponta uso político de redes sociais em investigações

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Nesta terça-feira (5 /7), em entrevista ao Correio, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) questionou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na condução das investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro. Segundo o parlamentar, os documentos já divulgados até agora configuram um escândalo institucional e revelam a existência de um critério político nas decisões judiciais adotadas após os episódios que marcaram a invasão das sedes dos Três Poderes.

“Pessoas estão sendo presas por postagens de 2018. Há conversas entre os assessores que mostram, claramente, que estavam analisando redes sociais para saber se a pessoa era de direita ou se criticava a esquerda. Isso definia se continuaria presa ou não. É absurdo o que já está aí na internet”, afirmou Nikolas, referindo-se aos vazamentos de mensagens atribuídas a assessores de Moraes, que circularam nos últimos dias.

Questionado sobre a decisão que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar, o deputado foi direto. “Claro que tem relação. No dia em que sai a ‘vaza toga’, os jornais começam a divulgar e, logo depois, Moraes decreta prisão domiciliar do Bolsonaro por quebra de cautelar, porque ele apareceu em uma manifestação. Quer dizer que a pessoa falar é quebra de cautelar? Fernandinho Beira-Mar tem mais direito do que um ex-presidente da República. É um absurdo”.

O posicionamento de Nikolas Ferreira reforça o discurso adotado por parlamentares da oposição, que protestaram nesta manhã no Congresso contra o que classificam como abusos do Judiciário e cerceamento de liberdades.

A manifestação incluiu ocupação da mesa diretora da Câmara e o uso simbólico de faixas brancas na boca, em referência a uma suposta censura imposta aos apoiadores do ex-presidente.

Os protestos ganharam contornos mais acalorados após a circulação de um documento que detalha uma suposta força-tarefa secreta envolvendo servidores do STF e do TSE, com base em certidões informais e uso de dados confidenciais. O material aponta a existência de prisões baseadas em postagens antigas, críticas políticas ou participação em grupos de mensagens — alegações que são rebatidas por juristas como violações ao devido processo legal e à separação de poderes. Não há provas de que esse documento seja verdadeiro. 

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A oposição defende duas medidas principais: a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e o impeachment de Alexandre de Moraes. Ambos os temas foram reiterados durante a coletiva desta manhã.

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