BRASIL-EUA

Zema volta a criticar Lula após reunião com governadores de direita

Governador voltou a mencionar que o debate sobre uma moeda alternativa ao dólar para negócios entre os Brics e as relações com alguns países desagradam aos EUA

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O governador Romeu Zema (Novo) voltou a responsabilizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela aplicação de tarifas de 50% feita pelos Estados Unidos. O mineiro fez a declaração após uma reunião com outros nove governadores, todos de direita, na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), nesta quinta-feira (7/8), em Brasília.

"O tarifaço é uma retaliação que está sendo aplicada ao Brasil devido a inabilidade, aos ataques do presidente Lula aos Estados Unidos", afirmou Zema sem mencionar nenhuma medida que foi discutida na reunião.

Zema afirmou que o caminho seguido pelo governo federal é o mesmo adotado por Hugo Chávez na Venezuela, mas não detalhou a correlação.

A possível adoção de uma moeda para negociações entre os países membros do Brics — que inclui, além do Brasil, China, Índia, Rússia, África do Sul e outros seis países — voltou a ser mencionada pelo governador como uma tentativa de desagradar os Estados Unidos.

A relação bilateral com países que não possuem boas relações diplomáticas com os Estados Unidos também foi criticada pelo mineiro.

“Queremos que o governo federal, principalmente o presidente Lula, que causou todos esses problemas, venha ajudar o setor privado, que não tem mais como exportar para um de seus maiores clientes, que é os Estados Unidos”, disse o governador.

O governador mineiro alegou que empresas já vêm apresentando prejuízos e que já estão demitindo funcionários.

O presidente americano Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas a diversos produtos brasileiros importados para os Estados Unidos. Trump afirmou, em uma carta publicada nas redes sociais, que a medida era uma sanção e exigiu que as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado sejam interrompidas imediatamente; um suposto desequilíbrio econômico entre os países, apesar de a balança comercial ser favorável aos Estados Unidos desde 2009; e que parem de reclamar das decisões da Justiça brasileira que afetam as big techs americanas que atuam no país, como exigir a remoção de conteúdos criminosos, como incitação ao suicídio, bullying e afins.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vem articulando junto ao governo americano a aplicação de sanções ao Brasil e aos representantes dos três poderes, reivindicou para si a responsabilidade pela aplicação das tarifas.

Além do mineiro, a reunião contou com a presença dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil); do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL). Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), participou por videochamada.

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